Especialista aponta os principais erros cometidos nas etapas de compra e recebimento de concreto e o que fazer para evitá-los
Quais são os pontos críticos na compra e recebimento de concreto?
A resistência do concreto é verificada somente após 28 dias de idade. Ou seja, ao contrário de outros materiais estruturais, que chegam à obra já aprovados por um programa de controle da qualidade, o concreto não tem como ser previamente qualificado. Quando se aceita o concreto na obra, está implícito um risco, cuja administração não é a das mais fáceis. A conformidade de um material estrutural em relação aos requisitos de projeto é imprescindível. Obviamente, um concreto não-conforme em um andar de um edifício, no momento em que outros três andares já foram executados acima dele, não é um problema de solução simples e barata.
E como evitar problemas?
Tudo começa no próprio projeto e na especificação do material. No entanto, muitos problemas podem ocorrer se o projetista não especificar requisitos com bom embasamento nos fundamentos tecnológicos. Como, por exemplo, especificar um concreto de 20 MPa com uma relação água/cimento máxima de 0,45, o que é tecnologicamente incompatível. A própria norma NBR 6118 [Projeto de Estruturas de Concreto] já estabelece parâmetros no sentido de se evitar esse tipo de equívoco.
Comprar pelo menor custo é uma prática recorrente?
Hoje o fornecedor de concreto é encarado pela construtora como um "adversário", que deve ser pressionado no sentido de reduzir a um limite mínimo o custo unitário do concreto. Por outro lado, o fornecedor procura se armar para se defender da pressão do mercado e da concorrência no sentido de manter o negócio viável e atingir as suas metas. Assim, aspectos tecnológicos importantes caem para segundo plano, gerando um risco muito maior de não-conformidades na obra.
Como é, na prática, a interface entre projetistas, construtores e concreteiras?
Em geral, a boa comunicação entre eles não ocorre. Infelizmente, é muito frequente que esse tipo de contato seja meramente comercial, ou seja, verifica-se o custo simplesmente. Esse problema começa na própria especificação que, em muitos casos, é bem simplista. Também ocorre a especificação de determinadas características, como o módulo de elasticidade, por exemplo, baseado exclusivamente nas equações empíricas previstas em normas. Mas elas foram obtidas em um período no qual não se utilizava tanto concreto bombeado e os valores de resistência eram menores.
E quais são as consequências dessa falta de comunicação?
É muito frequente a ocorrência da não-conformidade do concreto no requisito resistência.
Que critérios devem ser observados ao escolher a concreteira?
Verificar a qualidade do apoio técnico disponibilizado é fundamental. A venda do concreto precisa ser bem acompanhada tecnicamente. Fora isso, é imprescindível verificar a carteira de clientes que a empresa tem e fazer um contato direto com eles para checar o grau de satisfação, principalmente o daqueles cujo perfil de consumo de concreto é similar ao seu. Outro ponto importante é avaliar a atualização da certificação da empresa e a política adotada por ela.
Ao fazer o pedido, que informações o construtor deve fornecer à concreteira?
Todas as informações técnicas exigidas para o concreto, tais como abatimento, resistência característica, diâmetro máximo do agregado, relação água/cimento máxima etc. Outro item crucial é garantir um bom planejamento da concretagem de modo a evitar desperdícios e atrasos. Não se pode esquecer que o concreto é um produto perecível e deve ser aplicado respeitando rigorosamente os tempos disponíveis para seu uso.
Será possível eliminar a verificação da performance do concreto aplicado?
Não há como eliminar o controle de recebimento do produto. O que as construtoras querem é reduzir os custos de ensaio em geral, reduzindo o controle da qualidade. Isso vai contra os princípios básicos da engenharia. O controle de recepção do concreto só pode ser eliminado quando são utilizados pré-fabricados e em situações nas quais o controle de produção for concatenado com o de recepção.
Fonte: Revista Contruçãomercado
Antonio Domingues de Figueiredo, engenheiro civil e professor doutor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Colaborador da International Tunnelling Association e coordenador técnico do Comitê Brasileiro de Túneis da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos, atua principalmente nas áreas relacionadas ao controle da qualidade e concretos especiais.
Descubra tudo sobre construção civil e engenharia no Obra Técnica. Artigos técnicos, dicas práticas e inovações do setor. Leia agora!
Translate |Tradutor
segunda-feira, 20 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Concretagem e travamentos
Concretagem e tratamentos
________________________________________
Medidas preliminares
A libertação do lançamento do concreto pode ser feita somente depois da verificação rigorosa das fôrmas, armaduras e limpeza.
Verificação das formas: se estão em conformidade com o projeto; se o escoramento e a rigidez dos painéis são adequados e bem contraventados; se as formas são limpas, moldadas e as juntas bem fechadas.
Para limpar pegas altas devem existir janelas nas bases das f6rmas, verificando se o fundo das peças está bem limpo (muitas vezes uma camada de serragem pode isolar complemente a peça das bases).
Verificação da armadura: bitolas, quantidade e posição das barras de acordo com o projeto; se as distâncias entre as barras são regulares; se os cobrimentos nas laterais e no fundo são respeitados. A armadura das lajes deve ser regular, eventuais deslocamentos precisam ser corrigidos. Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas e passadiços de serviço deverão ser firmes, sem prejudicar a posição da armadura.
________________________________________
Cura do concreto
________________________________________
Enquanto não atingir resistência satisfatória, o concreto deve ser protegido contra mudanças bruscas de temperatura, secagem rápida, exposição direta ao sol, a chuvas fortes, agentes químicos, bem como contra choques e vibrações (cuidado com a cravação de estacas próximo do local) que possam produzir fissuração na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura.
No caso em que uma concretagem deva ser interrompida por mais de três horas, a sua retomada da só poderá ser feita 72 horas após a interrupção; este cuidado é necessário para evitar que a vibração do concreto novo, transmitida pela armadura, prejudique o concreto em inicio de endurecimento.
Existem vários métodos para cura de grandes superfícies de concreto (lajes, pisos, coberturas, reservatórios etc.) expostas diretamente ao sol. Os mais usados são: areia ou serragem de madeira umedecida a, sacaria mantida molhada, manta plástica e lâmina de água.
Quando se trata de espessuras maiores, ou de volumes grandes de concreto, a proteção deve ser mais efetiva e o tempo mais prolongado, até para sete dias após o lançamento do concreto.
Nestes casos recomenda-se usar aditivos retardadores que retardam também o desprendimento de calor.
Hoje existem também produtos químicos de várias firmas especializadas, que aplicados sobre a superfície de concreto formam em contato com o ar uma película impermeável, evitando a evaporação da água do concreto, assegurando assim uma cura eficiente. Aplica-se quando se inicia a cura do concreto.
O endurecimento do concreto poderá ser antecipado por meio de tratamento térmico adequado e devidamente controlado, não dispensando as medidas de proteção contra secagem.
Em caso de grandes massas de concreto, providenciar medidas especiais para evitar aquecimento do interior do concreto e retrações exageradas durante a cura por motivo de perda rápida de água devido ao calor. Assim é melhor consultar firmas especializadas, caso não seja suficiente ou possível um resfriamento, regando permanentemente com água ou cobrindo com uma lâmina de água de grande espessura.
Adensamento
________________________________________
O adensamento do concreto com vibrador. socagem deve ser feito contínua e energicamente , cuidando para que o concreto preencha todos os recantos da fôrma para não formar ninhos e evitar segregação dos agregados por uma vibração prolongada demais. Evitar a vibração da armadura para que não se formem vazios ao seu redor, com prejuízo da aderência.
No uso de vibradores de imersão, eles devem ser introduzidos na massa de concreto em posição vertical ou pouco inclinada, para não prejudicar o seu funcionamento, mas nunca com inclinação maior que 45 em relação à vertical. A duração de vibração depende da plasticidade do concreto, garantindo uma boa mistura de agregados, mas deve-se evitar uma duração longa demais, que pode provocar uma desagregação do concreto. S6 com uma longa prática se ganha a capacidade de sentir a reação do concreto, e por este motivo é importante escolher com muito critério o operador do vibrador de imersão, e somente ele deve ficar com esta tarefa. É errado mudar sempre ou designar qualquer operário para manejar o vibrador. O operador do vibrador deve cuidar para que a massa de concreto penetre em cada canto ou reentrância da fôrma e envolva completamente as barras da armadura, como também somente ele sabe qual a duração do adensamento. Esta é uma tarefa de grande responsabilidade e deve ser sempre controlada e instruída pelo mestre.
É necessário que a espessura da camada a ser vibrada seja aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da agulha do vibrador, que deve atingir a camada anterior, sem porém penetrar nela.
Nas colunas e paredes é melhor usar também um vibrador de parede. A batida com o martelo nas fõrmas não é suficiente.
Nas lajes e pisos até 8 cm de espessura, o vibrador de imersão tem pouca eficiência e deve, neste caso, ser usada uma régua vibratória ou, na falta desta, bater com uma régua comum.
Desforma
________________________________________
Se não tiver sido usado cimento de alta resistência ou aditivos que acelerem o endurecimento, a retirada das
f5rmas e do escoramento não deverá dar-se antes dos seguintes prazos:
1 - faces laterais.................................................................................... 3 dias
2 - retirada de algumas escoras............................................................. 7 dias
3 - faces inferiores, deixando-se algumas escoras bem encunhadas.... 14 dias
4 - desforma total, exceto item 5.......................................................... 21 dias
5 - vigas e arcos com vão maior do que 10 m...................................... 28 dias
Usando-se aditivos plastificantes ou incorporadores de ar, os prazos acima se reduzem como segue;
Item 3 se reduz para.............................................................................. 7 dias
Item 4 se reduz para.............................................................................. 11 dias
Item 5 se reduz para.............................................................................. 21 dias
Usando-se aceleradores de pega, os prazos se reduzem conforme indicação das firmas fornecedoras do produto.
A desforma de estruturas mais esbeltas deve ser feita com muito cuidado, evitando-se desformas ou retiradas de
escoras bruscas ou choques fortes.
Nas estruturas com vãos grandes ou com balanços grandes, deve-se pedir ao projetista um programa de
desforma progressiva, para evitar tensões internas não previstas no concreto, que podem provocar fissuras e até trincas.
Por exemplo, nos grandes consolos ou marquises, quando se retiram inicialmente as escoras próximas do apoio
deixando escoras na extremidade, a pega se transforma em viga apoiada sobre dois apoios e acontecem
inevitavelme fissuras ou trincas na parte inferior, onde não há armadura suficiente
para absorver as tensões de tração não previstas. Por outro lado, quando se deixam nas vigas de vãos grandes as
escoras no meio de vão, forma-se um apoio intermediário não previsto e podem aparecer fissurad ou trincas na parte
superior da viga.
Medidas a tomar para concreto externo
________________________________________
a) Generalidades
Elementos externos de concreto armado de espessura reduzida mas com as outras dimensões grandes, como marquises, platibandas, paredes de reservatórios abertos, caixas a céu aberto, "brise-soleils", requadrações externas meto salientes etc., expostos a intempéries, a mudanças bruscas entre sol ardente e chuvas repentinas e a diferenças grandes entre dias quentes e noites frias, são sujeitos a movimentos de dilatarão, causando trincas se não forem tomadas precauções para absorver estes movimentos ou tensões suplementares, bem mais severos do que os previstos pelas normas.
b) Precauções contra trincas em peças esbeltas e longas
Juntas de dilatação mais próximas do que as indicadas pelas normas.
Armadura longitudinal adicional nas barras de distribuição, para absorver as tensões de tração devido ao movimento de expansão da peça, evitando assim fissuras ou trincas no concreto. Por estas fissuras ou trincas penetra a água das chuvas, atacando a armadura que logo passa a sofrer oxidação, aumentando o volume, provocando desagregação do cobrimento de concreto, aparecendo inicialmente manchas de ferrugem e depois, com o prosseguimento da oxidação das barras expostas, inicia-se a destruição completa do concreto armado.
Para aumentar a resistência do concreto destas peças esbeltas contra as tensões de tração, recomenda-se aumentar o teor de cimento no trago deste concreto.
c) Cobrimento de armadura
Em geral, principalmente nos serviços de pequeno e médio porte, não se respeita a norma referente ao cobrimento da armadura, indicada no item 5.b, de 2 cm para concreto revestido e de 2,5 cm para concreto aparente. A realidade é que se usa um mesmo cobrimento de 1,5 cm para faces internas ou externas do concreto.
Pior ainda é o fato de que muitas vezes este cobrimento de 1,5 cm se reduz durante o lançamento e vibração do concreto para 1 cm ou mesmo 0,5 cm. A não obediência à exigência justa das normas ou não se assegurando um cobrimento mínimo de 2 cm tem como conseqüência fissuras no cabimento delgado, ocorrendo o que já foi mencionado.
Não se deve esquecer também que o concreto não é impermeável, ele é poroso e através dos poros, com um cobrimento delgado, a água de chuva atinge facilmente a armadura e com o tempo aparecem manchas de ferrugem de aspecto: desagradável e, em seguida, a destruição do cobrimento do concreto.
________________________________________
Medidas preliminares
A libertação do lançamento do concreto pode ser feita somente depois da verificação rigorosa das fôrmas, armaduras e limpeza.
Verificação das formas: se estão em conformidade com o projeto; se o escoramento e a rigidez dos painéis são adequados e bem contraventados; se as formas são limpas, moldadas e as juntas bem fechadas.
Para limpar pegas altas devem existir janelas nas bases das f6rmas, verificando se o fundo das peças está bem limpo (muitas vezes uma camada de serragem pode isolar complemente a peça das bases).
Verificação da armadura: bitolas, quantidade e posição das barras de acordo com o projeto; se as distâncias entre as barras são regulares; se os cobrimentos nas laterais e no fundo são respeitados. A armadura das lajes deve ser regular, eventuais deslocamentos precisam ser corrigidos. Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas e passadiços de serviço deverão ser firmes, sem prejudicar a posição da armadura.
________________________________________
Cura do concreto
________________________________________
Enquanto não atingir resistência satisfatória, o concreto deve ser protegido contra mudanças bruscas de temperatura, secagem rápida, exposição direta ao sol, a chuvas fortes, agentes químicos, bem como contra choques e vibrações (cuidado com a cravação de estacas próximo do local) que possam produzir fissuração na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura.
No caso em que uma concretagem deva ser interrompida por mais de três horas, a sua retomada da só poderá ser feita 72 horas após a interrupção; este cuidado é necessário para evitar que a vibração do concreto novo, transmitida pela armadura, prejudique o concreto em inicio de endurecimento.
Existem vários métodos para cura de grandes superfícies de concreto (lajes, pisos, coberturas, reservatórios etc.) expostas diretamente ao sol. Os mais usados são: areia ou serragem de madeira umedecida a, sacaria mantida molhada, manta plástica e lâmina de água.
Quando se trata de espessuras maiores, ou de volumes grandes de concreto, a proteção deve ser mais efetiva e o tempo mais prolongado, até para sete dias após o lançamento do concreto.
Nestes casos recomenda-se usar aditivos retardadores que retardam também o desprendimento de calor.
Hoje existem também produtos químicos de várias firmas especializadas, que aplicados sobre a superfície de concreto formam em contato com o ar uma película impermeável, evitando a evaporação da água do concreto, assegurando assim uma cura eficiente. Aplica-se quando se inicia a cura do concreto.
O endurecimento do concreto poderá ser antecipado por meio de tratamento térmico adequado e devidamente controlado, não dispensando as medidas de proteção contra secagem.
Em caso de grandes massas de concreto, providenciar medidas especiais para evitar aquecimento do interior do concreto e retrações exageradas durante a cura por motivo de perda rápida de água devido ao calor. Assim é melhor consultar firmas especializadas, caso não seja suficiente ou possível um resfriamento, regando permanentemente com água ou cobrindo com uma lâmina de água de grande espessura.
Adensamento
________________________________________
O adensamento do concreto com vibrador. socagem deve ser feito contínua e energicamente , cuidando para que o concreto preencha todos os recantos da fôrma para não formar ninhos e evitar segregação dos agregados por uma vibração prolongada demais. Evitar a vibração da armadura para que não se formem vazios ao seu redor, com prejuízo da aderência.
No uso de vibradores de imersão, eles devem ser introduzidos na massa de concreto em posição vertical ou pouco inclinada, para não prejudicar o seu funcionamento, mas nunca com inclinação maior que 45 em relação à vertical. A duração de vibração depende da plasticidade do concreto, garantindo uma boa mistura de agregados, mas deve-se evitar uma duração longa demais, que pode provocar uma desagregação do concreto. S6 com uma longa prática se ganha a capacidade de sentir a reação do concreto, e por este motivo é importante escolher com muito critério o operador do vibrador de imersão, e somente ele deve ficar com esta tarefa. É errado mudar sempre ou designar qualquer operário para manejar o vibrador. O operador do vibrador deve cuidar para que a massa de concreto penetre em cada canto ou reentrância da fôrma e envolva completamente as barras da armadura, como também somente ele sabe qual a duração do adensamento. Esta é uma tarefa de grande responsabilidade e deve ser sempre controlada e instruída pelo mestre.
É necessário que a espessura da camada a ser vibrada seja aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da agulha do vibrador, que deve atingir a camada anterior, sem porém penetrar nela.
Nas colunas e paredes é melhor usar também um vibrador de parede. A batida com o martelo nas fõrmas não é suficiente.
Nas lajes e pisos até 8 cm de espessura, o vibrador de imersão tem pouca eficiência e deve, neste caso, ser usada uma régua vibratória ou, na falta desta, bater com uma régua comum.
Desforma
________________________________________
Se não tiver sido usado cimento de alta resistência ou aditivos que acelerem o endurecimento, a retirada das
f5rmas e do escoramento não deverá dar-se antes dos seguintes prazos:
1 - faces laterais.................................................................................... 3 dias
2 - retirada de algumas escoras............................................................. 7 dias
3 - faces inferiores, deixando-se algumas escoras bem encunhadas.... 14 dias
4 - desforma total, exceto item 5.......................................................... 21 dias
5 - vigas e arcos com vão maior do que 10 m...................................... 28 dias
Usando-se aditivos plastificantes ou incorporadores de ar, os prazos acima se reduzem como segue;
Item 3 se reduz para.............................................................................. 7 dias
Item 4 se reduz para.............................................................................. 11 dias
Item 5 se reduz para.............................................................................. 21 dias
Usando-se aceleradores de pega, os prazos se reduzem conforme indicação das firmas fornecedoras do produto.
A desforma de estruturas mais esbeltas deve ser feita com muito cuidado, evitando-se desformas ou retiradas de
escoras bruscas ou choques fortes.
Nas estruturas com vãos grandes ou com balanços grandes, deve-se pedir ao projetista um programa de
desforma progressiva, para evitar tensões internas não previstas no concreto, que podem provocar fissuras e até trincas.
Por exemplo, nos grandes consolos ou marquises, quando se retiram inicialmente as escoras próximas do apoio
deixando escoras na extremidade, a pega se transforma em viga apoiada sobre dois apoios e acontecem
inevitavelme fissuras ou trincas na parte inferior, onde não há armadura suficiente
para absorver as tensões de tração não previstas. Por outro lado, quando se deixam nas vigas de vãos grandes as
escoras no meio de vão, forma-se um apoio intermediário não previsto e podem aparecer fissurad ou trincas na parte
superior da viga.
Medidas a tomar para concreto externo
________________________________________
a) Generalidades
Elementos externos de concreto armado de espessura reduzida mas com as outras dimensões grandes, como marquises, platibandas, paredes de reservatórios abertos, caixas a céu aberto, "brise-soleils", requadrações externas meto salientes etc., expostos a intempéries, a mudanças bruscas entre sol ardente e chuvas repentinas e a diferenças grandes entre dias quentes e noites frias, são sujeitos a movimentos de dilatarão, causando trincas se não forem tomadas precauções para absorver estes movimentos ou tensões suplementares, bem mais severos do que os previstos pelas normas.
b) Precauções contra trincas em peças esbeltas e longas
Juntas de dilatação mais próximas do que as indicadas pelas normas.
Armadura longitudinal adicional nas barras de distribuição, para absorver as tensões de tração devido ao movimento de expansão da peça, evitando assim fissuras ou trincas no concreto. Por estas fissuras ou trincas penetra a água das chuvas, atacando a armadura que logo passa a sofrer oxidação, aumentando o volume, provocando desagregação do cobrimento de concreto, aparecendo inicialmente manchas de ferrugem e depois, com o prosseguimento da oxidação das barras expostas, inicia-se a destruição completa do concreto armado.
Para aumentar a resistência do concreto destas peças esbeltas contra as tensões de tração, recomenda-se aumentar o teor de cimento no trago deste concreto.
c) Cobrimento de armadura
Em geral, principalmente nos serviços de pequeno e médio porte, não se respeita a norma referente ao cobrimento da armadura, indicada no item 5.b, de 2 cm para concreto revestido e de 2,5 cm para concreto aparente. A realidade é que se usa um mesmo cobrimento de 1,5 cm para faces internas ou externas do concreto.
Pior ainda é o fato de que muitas vezes este cobrimento de 1,5 cm se reduz durante o lançamento e vibração do concreto para 1 cm ou mesmo 0,5 cm. A não obediência à exigência justa das normas ou não se assegurando um cobrimento mínimo de 2 cm tem como conseqüência fissuras no cabimento delgado, ocorrendo o que já foi mencionado.
Não se deve esquecer também que o concreto não é impermeável, ele é poroso e através dos poros, com um cobrimento delgado, a água de chuva atinge facilmente a armadura e com o tempo aparecem manchas de ferrugem de aspecto: desagradável e, em seguida, a destruição do cobrimento do concreto.
Labels:
Adensamento,
Concreto,
Cura,
Desforma,
Formas,
Tecnologia das Construções
Assinar:
Postagens (Atom)