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Fiscal de Obras - Alta Performance!

Fiscal de Obras - Alta Performance!
Chega de insegurança na obra. Domine a fiscalização com técnicas reais de campo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Profissionais informais poderão se regularizar

Autônomos informais da construção civil poderão se regularizar e ter acesso a direitos previdenciários



Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional permite que desde primeiro de julho, profissionais informais de diferentes segmentos se regularizem com facilidade e baixo custo tributário. Entre as dezenas de ocupações passíveis de adesão, encontram-se diversas atividades ligadas à indústria da construção, como azulejista, carpinteiro, encanador e eletricista.

"A principal intenção é formalizar um grande contingente de profissionais que estão à margem dos direitos e da segurança previdenciária. Atualmente, em São Paulo, são cerca de 3,4 milhões de pessoas nessas condições", explica Júlio César Durante, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo).

A resolução instituiu um sistema de recolhimento de tributos com o valor mensal fixo de R$ 51,15 (11% do salário mínimo) relativos ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), R$ 1 de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e R$ 5 de ISS (Imposto Sobre Serviços). Pode optar pela modalidade o microempreendedor individual (MEI) que tenha receita bruta de até R$ 36 mil anuais, não seja titular de outra empresa, tenha no máximo um empregado (cujo salário não ultrapasse um salário mínimo) e não tenha filiais.

Além da segurança previdenciária, o profissional que optar por se tornar MEI passará a receber tratamento de pessoa jurídica, o que abrirá o mercado de empresas formais para ele. "Outra vantagem é que o MEI, por se tratar de pessoa jurídica, terá acesso a linhas de financiamento diferenciadas, até agora inacessíveis para trabalhadores informais", acrescenta Durante.


Locação de mão de obra não vale
Não é permitido ao MEI realizar locação ou cessão de mão de obra. "O MEI é mais adequado para reformas do que para construção", afirma Durante. A natureza da atividade desempenhada por esse trabalhador deve ser especializada, individual e não-corriqueira, e o microempreendedor não pode atuar em uma linha de produção de outra empresa de maneira contínua. "Mas essa vedação não se aplica à prestação de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e manutenção ou reparo de veículos", esclarece Paulo Pirolla, advogado do editorial trabalhista.

Ou seja, encanadores ou pintores, por exemplo, que sejam enquadrados como MEIs, podem ser contratados, como autônomos, para participar da etapa de uma obra. "Nesse caso, contudo, o contratante tem que recolher 20% de INSS sobre a nota e descontar 11% do profissional, que é o procedimento comum para autônomos", explica o advogado Piraci Oliveira.

Mas as mudanças trazidas pela resolução na indústria da construção não devem ser muito grandes. "A contratação de autônomos já é uma exceção atualmente", aponta Ricardo Lacaz, membro do conselho jurídico do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo). Segundo ele, é mais comum que as construtoras prefiram contratar empresas - e não profissionais - para desempenhar tarefas especializadas. "É mais fácil gerenciar empresas do que autônomos na obra", concorda Sueli Villarrubia, gerente-administrativa da Lucio Engenharia. Segundo ela, os encargos sociais recolhidos quando se contrata um autônomo são diluídos no preço cobrado por uma empresa subcontratada. "Nos segmentos em que há autoconstrução deve haver um impacto maior", indica Rosilene Carvalho Santos, advogada do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

Condições para se tornar microempreendedor individual
* Ganhar até R$ 36 mil por ano
* Não ser dono ou sócio de outra empresa e não ter filiais
* Ter no máximo um funcionário (que ganhe no máximo um salário ínimo)
* Exercer uma das ocupações listadas na resolução. Confira em:
www.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional

Conteúdo online exclusivo:
Relembre algumas matérias de Construção Mercado sobre carga tributária na construção civil.>>>
Carga tributária>>> Recolhimento simplificado>>> O Simples Nacional e a construção>>> Tributação na empreitada>>> Tributos

Fonte: Construçãomercado

Como gerir empreiteiros

Saiba como subcontratar com qualidade, segurança e sem perder o domínio das atividades de canteiro




Houve um tempo em que as construtoras trabalhavam quase que exclusivamente com mão de obra própria. Mas isso ficou para trás com a descoberta de que subcontratar poderia não só trazer economia, como também minimizar dores de cabeça com encargos trabalhistas e com a desmobilização do pessoal ao término das obras. Hoje, muitas construtoras preferem atuar na função de planejadoras e gerenciadoras da produção, apoiadas por empresas prestadoras de serviços. Só que garantir ganhos com esse modelo não é missão fácil e requer planejamento das contratações e controles apurados para lidar com um número tão grande de contratos.

A necessidade de gerenciamento parece óbvia quando se observa experiências como a da Thá Engenharia, que trabalha com 98 empreiteiras para a construção de empreendimentos imobiliários e industriais. Fabiano Salles, analista da gestão de empreiteiros, diz que a construtora tem obtido ótimos resultados com o uso de mão de obra terceirizada para serviços de curta duração e especializados, como os que envolvem instalações elétricas e hidráulicas, trabalhos com rochas naturais e aplicação de pastilhas em fachadas.

Processo semelhante ocorre na Racional, onde o trabalho com subempreiteiros específicos para cada atividade tem se mostrado interessante na gestão de execução dos empreendimentos, de acordo com Rinaldo Donato, gerente sênior do núcleo de gestão de contratos da construtora. "A vantagem da especificidade dos subcontratados é exatamente o aumento da produtividade e da qualidade, associados à mitigação de riscos", diz.

Mas nem sempre os resultados são positivos. Na verdade, para André Augusto Choma, analista de projetos e consultor da IPA Latin America, o modelo de contratação aplicado na maior parte das empresas leva os contratantes a aumentarem os riscos a que estão expostos, em vez de diminuí-los. O consultor se refere àqueles construtores que acreditam que, uma vez fechado o contrato de empreitada, é só esperar a obra ser entregue no prazo esperado, na qualidade solicitada e dentro do custo previamente acordado. "Só que sem o envolvimento direto das contratantes na gestão dos trabalhos, os fracassos são recorrentes", pondera.

Quando os focos se voltam para a capacitação da mão de obra, isso fica mais claro. Sobretudo os empreiteiros de obras civis costumam estar vinculados a empresas pouco estruturadas, que empregam trabalhadores com baixa capacitação e alta rotatividade. Isso significa que para contar com uma equipe altamente produtiva e econômica, como é a exigência atual, a construtora precisa preparar esse pessoal.

O consultor Giancarlo De Filippi, diretor da unidade de gerenciamento de obras do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), recomenda que todos recebam treinamento focado em sistemas de gestão, procedimentos internos e segurança. No entanto, para os empreiteiros menos especializados, inevitavelmente será necessário dispor também de capacitação técnica e de qualidade. "O principal beneficiário do treinamento da mão de obra é a própria construtora. Portanto, não há razões para não investir, mesmo quando não se trata de empregados diretos", acrescenta Choma.



Programar as execuções e medir os serviços facilitam o controle do trabalho terceirizado

Qualidade e produtividade

Além da capacitação, outro desafio entre os construtores é balancear a qualidade e a produtividade dos serviços executados, especialmente nos casos em que o empreiteiro trabalha por medição.


Programar as execuções e medir os serviços facilitam o controle do trabalho terceirizado


Para assegurar o controle dos empreiteiros, em primeiro lugar é necessário estabelecer metas exequíveis para que haja realmente comprometimento do prestador de serviço. Da mesma forma é importante definir programações de execução com as respectivas medições, preferencialmente por ambientes ou unidades, mais fáceis de controlar do que por metro quadrado.

Outra recomendação é estabelecer uma rotina de término dos serviços, permitindo, por exemplo, recusar frentes de serviço com pendências ou que irão gerar retrabalhos. "Mas seja qual for a situação, a medida de melhor resultado é a seleção de empreiteiros parceiros, cientes de que o trabalho bem executado é sinônimo de continuidade na construtora", aconselha o engenheiro Edson Borush, gerente de obras da Thá.

Especialmente nas empresas que não dispõem de práticas consolidadas de seleção de fornecedores, a contratação da empreitada é comprometida por falta de planejamento e atropelos. André Choma comenta que, em obras residenciais, as construtoras costumam investir tempo considerável na concepção do produto, mas poucas vezes dedicam o mesmo esforço na hora de escolher os empreiteiros com quem vão trabalhar. "No caso de obras industriais, é ainda pior. Como os prazos são mais curtos, a necessidade imediata de se achar alguém acaba por fazer as empresas correrem altíssimos riscos com empreiteiros não-capacitados ou até mesmo desconhecidos", diz ele.

Até como uma forma de ajustar a mão de obra contratada com o desempenho exigido para o sucesso do empreendimento, as empresas têm lançado mão de mecanismos de incentivo para que os empreiteiros cumpram os cronogramas, melhorem a produtividade e reduzam desperdícios. Definidas em conjunto com o próprio subempreiteiro, geralmente essas bonificações estão fora de condições contratuais.

Da eficiência dos incentivos monetários para melhorar os resultados das equipes ninguém duvida. Mas esses instrumentos exigem negociações prévias com o empreiteiro sobre a maneira de fazer as medições, as metas que devem ser alcançadas, e as condições oferecidas pela construtora para sua viabilização - de projetos detalhados, a boas condições de deslocamento de materiais no canteiro. "Além do mais, essas práticas apresentam resultados pontuais e normalmente são implantadas para a recuperação de atrasos", salienta Gianfranco De Filippe. "Na dinâmica de uma obra, não adianta alcançar uma produção exagerada em determinado serviço e atropelar o seguinte", conclui o consultor.


Fonte: "Como Gerenciar Contratos com Empreiteiros - Manual de Gestão de Empreiteiros na Construção Civil", André Augusto Choma e Adriana Carstens. São Paulo: PINI, 2005.

Modalidades de construção


Preços unitários
A construtora combina previamente com o empreiteiro o valor por unidade de serviço e paga de acordo com o que for produzido. Essa modalidade é normalmente utilizada em serviços de menor valor, cujas especificações são incertas ou ainda não há definição de projeto.

Vantagem: facilidade e rapidez na negociação, pagamento de acordo com a produção do empreiteiro (que não recebe adiantado).

Desvantagem: se os critérios de medição não forem bem definidos, a construtora pode ter que arcar com serviços extras (requadros, acabamentos etc.). Além disso, exige o trabalho de se realizar as medições dos serviços no canteiro.


Preço fixo (ou empreitada global)

A construtora combina previamente com o empreiteiro o valor do serviço (pode ser para cada etapa ou para a empreitada global) e paga conforme a finalização das etapas. É o modelo de contratação mais utilizado atualmente.

Vantagem: diminuição dos riscos da construtora na elevação dos custos do serviço, uma vez que normalmente o subempreiteiro realiza o levantamento quantitativo dos serviços e não pode solicitar um aditivo.

Desvantagem: se a relação entre progresso e pagamento não for bem dosada, o empreiteiro pode acabar recebendo mais nas etapas intermediárias, chegando ao final da obra com quase todo o dinheiro recebido, mas sem ter finalizado o trabalho.


Homem-hora
Nessa modalidade, a construtora "aluga" mão de obra do empreiteiro, combinando o valor por hora trabalhada.

Vantagem: rapidez e facilidade na negociação, principalmente para aqueles serviços em que o escopo é incerto, como reformas, demolições etc.

Desvantagem: pode acarretar custo muito elevado para a construtora na realização de serviços em geral.

Fontes: André Augusto Choma e Giancarlo De Filippi



Como gerir os contratos
Para a contratação de empreitadas, há apenas um instrumento capaz de dar segurança jurídica às duas partes: o Contrato de Empreitada. Previsto no Código Civil (artigos 610 a 619), esse tipo de contrato pode ser utilizado para execução integral ou parcial de obra e também para realização de serviço especializado na construção civil.

Um dos equívocos praticados no mercado é utilizar o contrato de prestação de serviços em substituição ao de empreitada, salienta a consultora jurídica e tributária Martelene Carvalhaes, sócia da MLF Consultoria. "Mesmo que o objeto do contrato seja um serviço, o contrato a ser firmado deve ser sempre o de empreitada", esclarece Martelene, que complementa: "O título do contrato estabelece a modalidade de contratação e vincula suas partes a procedimentos específicos para emissão da matrícula CEI (Cadastro Específico do INSS), contabilização, tributação de receitas e definição de obrigações".

A consultora destaca alguns pontos críticos relacionados à contratação de empreiteiros e os esclarece aos leitores do Guia da Construção. "São cláusulas essenciais, não só para a administração da carga tributária, mas principalmente para evitar conflitos com a fiscalização do INSS, quanto ao correto enquadramento das obras e ao cumprimento da obrigação principal e acessória", diz. Confira a seguir.


1. Objeto do contrato - Consiste na execução de uma obra, parte de uma obra ou um serviço especializado na construção civil. O objeto não pode ser genérico, tampouco padronizado. Ao contrário, deve ser claro e específico para cada tipo de obra ou serviço. Afinal, cada obra/serviço tem regras específicas para o enquadramento e cálculo da contribuição previdenciária - reforma, por exemplo, é diferente de construção de edificação.


2. Fornecimento de materiais ou utilização de equipamentos - O artigo 610 do Código Civil não permite a presunção do fornecimento de materiais. Logo, caso o contrato contemple o fornecimento de materiais e equipamentos, deve existir uma cláusula que expresse esse fornecimento nos contratos de empreitada.

Na celebração dos contratos para execução de obras ou serviços por empreitada, a não previsão contratual de fornecimento de materiais implica aumento na carga tributária das empresas quanto à retenção do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), além de maior IR (Imposto de Renda) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para as contratadas optantes pelo Lucro Presumido.


3. Valor dos materiais empregados ou de equipamentos - Nos contratos, a falta da previsão do valor dos materiais transfere para o INSS a fixação do valor mínimo permitido nos contratos de empreitada. Isso impossibilita às prestadoras de serviços administrar sua carga tributária. Portanto, o valor dos materiais e dos equipamentos deve constar de forma expressa nos contratos.

Planilhas de composição de custo de obras, desde que estejam com os valores dos materiais ou equipamentos discriminados e sejam integrantes do contrato, podem ser utilizadas para a apuração da base de cálculo da retenção para a Previdência Social.


4. Execução de obras ou serviços em condições especiais - As obrigações das empresas contratadas e contratantes relacionadas aos agentes nocivos a que os trabalhadores estiverem expostos devem ser delineadas no contrato, observando as disposições contidas na legislação. São condições especiais aquelas que prejudicam a saúde ou integridade física dos trabalhadores por exposição a fatores de riscos no ambiente de trabalho, levando à aposentadoria especial e à cobrança de alíquotas adicionais.


5. Obrigações da contratada - A prestadora de serviços deverá sempre apresentar algumas documentações, a destacar:

notas fiscais ou faturas de serviços, emitidas com vinculação inequívoca à obra, destacando no corpo da nota o tipo de serviço executado, o endereço da obra e o número do seu respectivo CEI (Cadastro Específico do INSS). O valor da retenção para a previdência social calculado de acordo com o contrato deve ser destacado nas notas fiscais ou nas faturas de serviços.

Cópia autenticada da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social) do mês de execução dos serviços. A guia deve conter a relação de todos os trabalhadores utilizados na obra, identificada com o CEI da obra, e ser acompanhada da GRF (Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia) quitada.

Fonte: Revista Construçãomercado

Como comprar e receber concreto

Especialista aponta os principais erros cometidos nas etapas de compra e recebimento de concreto e o que fazer para evitá-los


Quais são os pontos críticos na compra e recebimento de concreto?

A resistência do concreto é verificada somente após 28 dias de idade. Ou seja, ao contrário de outros materiais estruturais, que chegam à obra já aprovados por um programa de controle da qualidade, o concreto não tem como ser previamente qualificado. Quando se aceita o concreto na obra, está implícito um risco, cuja administração não é a das mais fáceis. A conformidade de um material estrutural em relação aos requisitos de projeto é imprescindível. Obviamente, um concreto não-conforme em um andar de um edifício, no momento em que outros três andares já foram executados acima dele, não é um problema de solução simples e barata.


E como evitar problemas?

Tudo começa no próprio projeto e na especificação do material. No entanto, muitos problemas podem ocorrer se o projetista não especificar requisitos com bom embasamento nos fundamentos tecnológicos. Como, por exemplo, especificar um concreto de 20 MPa com uma relação água/cimento máxima de 0,45, o que é tecnologicamente incompatível. A própria norma NBR 6118 [Projeto de Estruturas de Concreto] já estabelece parâmetros no sentido de se evitar esse tipo de equívoco.


Comprar pelo menor custo é uma prática recorrente?

Hoje o fornecedor de concreto é encarado pela construtora como um "adversário", que deve ser pressionado no sentido de reduzir a um limite mínimo o custo unitário do concreto. Por outro lado, o fornecedor procura se armar para se defender da pressão do mercado e da concorrência no sentido de manter o negócio viável e atingir as suas metas. Assim, aspectos tecnológicos importantes caem para segundo plano, gerando um risco muito maior de não-conformidades na obra.


Como é, na prática, a interface entre projetistas, construtores e concreteiras?

Em geral, a boa comunicação entre eles não ocorre. Infelizmente, é muito frequente que esse tipo de contato seja meramente comercial, ou seja, verifica-se o custo simplesmente. Esse problema começa na própria especificação que, em muitos casos, é bem simplista. Também ocorre a especificação de determinadas características, como o módulo de elasticidade, por exemplo, baseado exclusivamente nas equações empíricas previstas em normas. Mas elas foram obtidas em um período no qual não se utilizava tanto concreto bombeado e os valores de resistência eram menores.


E quais são as consequências dessa falta de comunicação?

É muito frequente a ocorrência da não-conformidade do concreto no requisito resistência.


Que critérios devem ser observados ao escolher a concreteira?

Verificar a qualidade do apoio técnico disponibilizado é fundamental. A venda do concreto precisa ser bem acompanhada tecnicamente. Fora isso, é imprescindível verificar a carteira de clientes que a empresa tem e fazer um contato direto com eles para checar o grau de satisfação, principalmente o daqueles cujo perfil de consumo de concreto é similar ao seu. Outro ponto importante é avaliar a atualização da certificação da empresa e a política adotada por ela.


Ao fazer o pedido, que informações o construtor deve fornecer à concreteira?

Todas as informações técnicas exigidas para o concreto, tais como abatimento, resistência característica, diâmetro máximo do agregado, relação água/cimento máxima etc. Outro item crucial é garantir um bom planejamento da concretagem de modo a evitar desperdícios e atrasos. Não se pode esquecer que o concreto é um produto perecível e deve ser aplicado respeitando rigorosamente os tempos disponíveis para seu uso.


Será possível eliminar a verificação da performance do concreto aplicado?

Não há como eliminar o controle de recebimento do produto. O que as construtoras querem é reduzir os custos de ensaio em geral, reduzindo o controle da qualidade. Isso vai contra os princípios básicos da engenharia. O controle de recepção do concreto só pode ser eliminado quando são utilizados pré-fabricados e em situações nas quais o controle de produção for concatenado com o de recepção.

Fonte: Revista Contruçãomercado
Antonio Domingues de Figueiredo, engenheiro civil e professor doutor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Colaborador da International Tunnelling Association e coordenador técnico do Comitê Brasileiro de Túneis da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos, atua principalmente nas áreas relacionadas ao controle da qualidade e concretos especiais.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Concretagem e travamentos

Concretagem e tratamentos
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Medidas preliminares
A libertação do lançamento do concreto pode ser feita somente depois da verificação rigorosa das fôrmas, armaduras e limpeza.
Verificação das formas: se estão em conformidade com o projeto; se o escoramento e a rigidez dos painéis são adequados e bem contraventados; se as formas são limpas, moldadas e as juntas bem fechadas.

Para limpar pegas altas devem existir janelas nas bases das f6rmas, verificando se o fundo das peças está bem limpo (muitas vezes uma camada de serragem pode isolar complemente a peça das bases).
Verificação da armadura: bitolas, quantidade e posição das barras de acordo com o projeto; se as distâncias entre as barras são regulares; se os cobrimentos nas laterais e no fundo são respeitados. A armadura das lajes deve ser regular, eventuais deslocamentos precisam ser corrigidos. Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas e passadiços de serviço deverão ser firmes, sem prejudicar a posição da armadura.
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Cura do concreto
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Enquanto não atingir resistência satisfatória, o concreto deve ser protegido contra mudanças bruscas de temperatura, secagem rápida, exposição direta ao sol, a chuvas fortes, agentes químicos, bem como contra choques e vibrações (cuidado com a cravação de estacas próximo do local) que possam produzir fissuração na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência à armadura.
No caso em que uma concretagem deva ser interrompida por mais de três horas, a sua retomada da só poderá ser feita 72 horas após a interrupção; este cuidado é necessário para evitar que a vibração do concreto novo, transmitida pela armadura, prejudique o concreto em inicio de endurecimento.
Existem vários métodos para cura de grandes superfícies de concreto (lajes, pisos, coberturas, reservatórios etc.) expostas diretamente ao sol. Os mais usados são: areia ou serragem de madeira umedecida a, sacaria mantida molhada, manta plástica e lâmina de água.
Quando se trata de espessuras maiores, ou de volumes grandes de concreto, a proteção deve ser mais efetiva e o tempo mais prolongado, até para sete dias após o lançamento do concreto.
Nestes casos recomenda-se usar aditivos retardadores que retardam também o desprendimento de calor.
Hoje existem também produtos químicos de várias firmas especializadas, que aplicados sobre a superfície de concreto formam em contato com o ar uma película impermeável, evitando a evaporação da água do concreto, assegurando assim uma cura eficiente. Aplica-se quando se inicia a cura do concreto.
O endurecimento do concreto poderá ser antecipado por meio de tratamento térmico adequado e devidamente controlado, não dispensando as medidas de proteção contra secagem.
Em caso de grandes massas de concreto, providenciar medidas especiais para evitar aquecimento do interior do concreto e retrações exageradas durante a cura por motivo de perda rápida de água devido ao calor. Assim é melhor consultar firmas especializadas, caso não seja suficiente ou possível um resfriamento, regando permanentemente com água ou cobrindo com uma lâmina de água de grande espessura.
Adensamento
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O adensamento do concreto com vibrador. socagem deve ser feito contínua e energicamente , cuidando para que o concreto preencha todos os recantos da fôrma para não formar ninhos e evitar segregação dos agregados por uma vibração prolongada demais. Evitar a vibração da armadura para que não se formem vazios ao seu redor, com prejuízo da aderência.
No uso de vibradores de imersão, eles devem ser introduzidos na massa de concreto em posição vertical ou pouco inclinada, para não prejudicar o seu funcionamento, mas nunca com inclinação maior que 45 em relação à vertical. A duração de vibração depende da plasticidade do concreto, garantindo uma boa mistura de agregados, mas deve-se evitar uma duração longa demais, que pode provocar uma desagregação do concreto. S6 com uma longa prática se ganha a capacidade de sentir a reação do concreto, e por este motivo é importante escolher com muito critério o operador do vibrador de imersão, e somente ele deve ficar com esta tarefa. É errado mudar sempre ou designar qualquer operário para manejar o vibrador. O operador do vibrador deve cuidar para que a massa de concreto penetre em cada canto ou reentrância da fôrma e envolva completamente as barras da armadura, como também somente ele sabe qual a duração do adensamento. Esta é uma tarefa de grande responsabilidade e deve ser sempre controlada e instruída pelo mestre.
É necessário que a espessura da camada a ser vibrada seja aproximadamente igual a 3/4 do comprimento da agulha do vibrador, que deve atingir a camada anterior, sem porém penetrar nela.
Nas colunas e paredes é melhor usar também um vibrador de parede. A batida com o martelo nas fõrmas não é suficiente.
Nas lajes e pisos até 8 cm de espessura, o vibrador de imersão tem pouca eficiência e deve, neste caso, ser usada uma régua vibratória ou, na falta desta, bater com uma régua comum.

Desforma
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Se não tiver sido usado cimento de alta resistência ou aditivos que acelerem o endurecimento, a retirada das
f5rmas e do escoramento não deverá dar-se antes dos seguintes prazos:
1 - faces laterais.................................................................................... 3 dias
2 - retirada de algumas escoras............................................................. 7 dias
3 - faces inferiores, deixando-se algumas escoras bem encunhadas.... 14 dias
4 - desforma total, exceto item 5.......................................................... 21 dias
5 - vigas e arcos com vão maior do que 10 m...................................... 28 dias

Usando-se aditivos plastificantes ou incorporadores de ar, os prazos acima se reduzem como segue;
Item 3 se reduz para.............................................................................. 7 dias
Item 4 se reduz para.............................................................................. 11 dias
Item 5 se reduz para.............................................................................. 21 dias
Usando-se aceleradores de pega, os prazos se reduzem conforme indicação das firmas fornecedoras do produto.
A desforma de estruturas mais esbeltas deve ser feita com muito cuidado, evitando-se desformas ou retiradas de
escoras bruscas ou choques fortes.
Nas estruturas com vãos grandes ou com balanços grandes, deve-se pedir ao projetista um programa de
desforma progressiva, para evitar tensões internas não previstas no concreto, que podem provocar fissuras e até trincas.
Por exemplo, nos grandes consolos ou marquises, quando se retiram inicialmente as escoras próximas do apoio
deixando escoras na extremidade, a pega se transforma em viga apoiada sobre dois apoios e acontecem
inevitavelme fissuras ou trincas na parte inferior, onde não há armadura suficiente
para absorver as tensões de tração não previstas. Por outro lado, quando se deixam nas vigas de vãos grandes as
escoras no meio de vão, forma-se um apoio intermediário não previsto e podem aparecer fissurad ou trincas na parte
superior da viga.
Medidas a tomar para concreto externo
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a) Generalidades
Elementos externos de concreto armado de espessura reduzida mas com as outras dimensões grandes, como marquises, platibandas, paredes de reservatórios abertos, caixas a céu aberto, "brise-soleils", requadrações externas meto salientes etc., expostos a intempéries, a mudanças bruscas entre sol ardente e chuvas repentinas e a diferenças grandes entre dias quentes e noites frias, são sujeitos a movimentos de dilatarão, causando trincas se não forem tomadas precauções para absorver estes movimentos ou tensões suplementares, bem mais severos do que os previstos pelas normas.
b) Precauções contra trincas em peças esbeltas e longas
Juntas de dilatação mais próximas do que as indicadas pelas normas.
Armadura longitudinal adicional nas barras de distribuição, para absorver as tensões de tração devido ao movimento de expansão da peça, evitando assim fissuras ou trincas no concreto. Por estas fissuras ou trincas penetra a água das chuvas, atacando a armadura que logo passa a sofrer oxidação, aumentando o volume, provocando desagregação do cobrimento de concreto, aparecendo inicialmente manchas de ferrugem e depois, com o prosseguimento da oxidação das barras expostas, inicia-se a destruição completa do concreto armado.
Para aumentar a resistência do concreto destas peças esbeltas contra as tensões de tração, recomenda-se aumentar o teor de cimento no trago deste concreto.
c) Cobrimento de armadura
Em geral, principalmente nos serviços de pequeno e médio porte, não se respeita a norma referente ao cobrimento da armadura, indicada no item 5.b, de 2 cm para concreto revestido e de 2,5 cm para concreto aparente. A realidade é que se usa um mesmo cobrimento de 1,5 cm para faces internas ou externas do concreto.
Pior ainda é o fato de que muitas vezes este cobrimento de 1,5 cm se reduz durante o lançamento e vibração do concreto para 1 cm ou mesmo 0,5 cm. A não obediência à exigência justa das normas ou não se assegurando um cobrimento mínimo de 2 cm tem como conseqüência fissuras no cabimento delgado, ocorrendo o que já foi mencionado.
Não se deve esquecer também que o concreto não é impermeável, ele é poroso e através dos poros, com um cobrimento delgado, a água de chuva atinge facilmente a armadura e com o tempo aparecem manchas de ferrugem de aspecto: desagradável e, em seguida, a destruição do cobrimento do concreto.

Bloco Cerâmico

APRESENTAÇÃO

O objetivo principal deste trabalho é abordar o uso de blocos cerâmicos para a construção civil, enfatizando o bloco para alvenaria estrutural. Este tema tem sido um dos mais trabalhados e debatidos pela Anicer nos últimos tempos. Com a possibilidade de conquistarmos uma melhor colocação para o setor a partir da adoção e do emprego da cerâmica estrutural na construção civil, a Associação vem buscando conscientizar ceramistas, construtores, professores e o próprio mercado consumidor quanto a importância deste produto para as habitações.
Procuramos neste material detalhar um pouco mais a história, os conceitos e as vantagens do bloco cerâmico estrutural, assim como o de vedação.
Nelson Ely Filho

INTRODUÇÃO

Resumo Histórico

Utilizados desde 4.000 A.C. pelo homem, os materiais cerâmicos se destacam pela sua durabilidade, além da abundância da matéria-prima (argila) utilizada. Não se sabe exatamente a época e o local de origem do primeiro tijolo. Possivelmente foram os romanos os primeiros a utilizar o produto na forma que conhecemos hoje, registrada através das ruínas desta civilização que dominava o processo de queima da argila.
Presume-se que a alvenaria tenha sido criada a cerca de 15.000 anos, pois necessitando de um refúgio natural para se proteger do frio e dos animais selvagens, o homem decidiu empilhar pedras.
No entanto, quando a pedra natural começou a se escassear, o homem passou a substituí-la pelo tijolo seco ao sol.
O registro mais antigo do tijolo foi encontrado nas escavações arqueológicas em Jericó Oriente Médio, no período Neolítico inicial.
A unidade de alvenaria (tijolo) era uma peça grande em forma de pão, seca ao sol, pesando em torno de 15Kg. Nestas unidades de barro, conformados à mão, se encontram marcados os dedos do homem neolítico que as elaborou.
Uma forma - a cônica - é de interesse, pois se repete e está presente em lugares distantes sem ligação direta e em situações semelhantes. As unidades cônicas se encontram em muros construídos, por exemplo, na Mesopotâmia, há cerca de 7.000 anos, e na zona da costa norte do Peru, no Vale do Rio Chicama.
Através das investigações realizadas nos últimos 40 anos, sabe-se que a alvenaria tem se racionalizado.
Em 1954, na Suiça (Zurique) foi construído o primeiro edifício com muros de alvenaria desenhados racionalmente. Com 20 andares, os muros de alvenarias têm 32cm de espessura, determinados príoritariamente por condições de isolamento térmico. Desde então, o uso do sistema tem se disseminado.
Entre os principais itens a serem destacados no desenvolvimento da alvenaria estrutural, atualmente, citamos:
A produção de componentes adequados para a alvenaria armada com aço horizontal e verticalmente, viabilizando maior competitividade econômica da alvenaria;
nos países em desenvolvimento é observada a conscientização da importância do uso da alvenaria como material de construção civil, permitindo até habitações de interesse social.
Face o exposto acima, encontram-se em andamento programas de pesquisas e a atual introdução da disciplina de alvenaria estrutural nos cursos de engenharia e arquitetura.
Cumpre salientar que este processo está sendo adotado nas maiores universidades do país e encontra-se em discussão nas demais.


DEFINIÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS/FABRICAÇAO

Os blocos cerâmicos são componentes construtivos utilizados em alvenaria (vedação, estrutural ou portante). Apresentam furos de variados formatos, paralelos a qualquer um dos seus eixos.
São normalmente produzidos com argilas ricas em juta (tipo taguá) e argilas montmorilonitas.
A conformação ocorre por extrusão, onde a massa de argila é pressionada através do molde que dará a forma da seção transversal. A coluna extrudada obtida, passa por um cortador, onde se tem a dimensã o do componente, perpendicular a seção, transversal. Posteriormente os blocos são submetidos a secagem e a queima éfeita a temperaturas que variam entre 9000C e 11 000C.

Tipos de blocos cerâmicos
São dois os tipos de blocos cerâmicos utilizados na construção civil, produzidos no Brasil.

- Bloco de vedação
São aqueles destinados a execução de paredes que suportarão o peso próprio e pequenas cargas de ocupação (armários, pias, lavatórios, etc), geralmente utilizados com furos na horizontal e com atual tendência ao uso com furos na vertical.

- Blocos estruturais ou portantes
São aqueles que além de exercerem a função de vedação, também são destinados a execução de paredes que constituirão a estrutura resistente da edificação (podendo substituir pilares e vigas de concreto). Estes blocos são utilizados com os furos sempre na vertical.
Quando apresentam elevada resistência mecânica, padronização das dimensões, concorrem técnica e economicamente com as estruturas de concreto armado.


OBS: Com relação a proporção de furos ou canais, os blocos estruturais podem apresentar um percentual de 25% a 40% da área bruta, se comportando como tijolos maciços (componente sem furos), sem a necessidade do uso do graute.
Já os blocos com percentuais de furos mais elevados, conforme a solicitação que será submetido, poderão ser ou não reforçados com graute.


VANTAGENS DO USO DOS BLOCOS CERÂMICOS

Leveza (decréscimo do custo das fundações);
Isolamento térmico e acústico;
Propicia a construção racionalizada;
Simplifica o detalhamento de projetos, facilitando a integração dos mesmos;
Diminuição do desperdício dos materiais (componente, argamassa de assentamento e reboco);
Decréscimo na espessura de revestimento (emboço ou reboco);
Canteiro de obra menos congestionado e espaço mais limpo;
Facilita a prumada das paredes;
Permite a utilização de componentes pré-moldados (vergas, contra-vergas etc);
Facilita a execução das instalações hidrosanitárias e elétricas, no caso de blocos especiais (aqueles que apresentam espaços pré-definidos para as instalações);


INDICES DE QUALIDADE DOS BLOCOS

Regularidade de formas e dimensões;
Arestas vivas e cantos resistentes;
Inexistência de fendas, trincas, cavidades etc (massa homogênea);
Cozimento uniforme (produzir som metálico quando percutido);
Facilidade de corte (grãos finos e cor uniforme).
Além dos índices de qualidade acima citados, os blocos devem estar em conformidade com as normas vigentes no que diz respeito a caracterização geométrica (forma e dimensão), resistência mínima à compressão, etc.


NORMAS VIGENTES RELATIVAS A BLOCOS

As Normas Brasileiras chamam de blocos as peças com furos. Existem as seguintes normas específicas sobre o assunto:
NBR 7171 -(1992)- Bloco Cerâmico para Alvenaria - Especificação
NBR 8042 - (1992)- Bloco Cerâmico para Alvenaria - Formas e Dimensões - Padronização
NBR 8043 - (1993)- Bloco Cerâmico Portante para Alvenaria - Determinação da Área Líquida
NBR 6461 - (1983) - Bloco Cerâmico para Alvenaria - Verificação da Resistência à Compressão


ANALISE COMPARATIVA DO PROCESSO CONSTRUTIVO:

ALVENARIA ESTRUTURAL COM BLOCOS CERÂMICOS E ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO
ALVENARIA COM BLOCOS DE CERÂMICA E ALVENARIA COM OUTROS TIPOS DE BLOCOS

Com relação a execução:
Estrutura de Concreto Armado
A execução da estrutura de concreto armado abrange fases que incluem a execução das formas, a execução armadura, o lançamento do concreto, o adensamento, a cura e a desforma, exigindo um elevado quadro especializado de mão-de-obra (pedreiro, carpinteiro, eletricista etc), além do alto consumo de madeira na confecção das formas de concreto;
A armadura com relação as estruturas de concreto armado, necessita de maior elaboração e quantidade;
Na estrutura de concreto armado a execução das instalações hidráulicas, elétricas, entre outras, são efetuadas aberturas nas paredes (rasgos, canaletas, etc) de forma aleatória e na maior parte das vezes, não previstas no projeto. Tais fatores geram um congestionamento na canteiro de obra, e uma área sem limpeza, a partir do acúmulo de caliça.

Alvenaria Estrutural com Blocos Cerâmicos
Na alvenaria estrutural as etapas de execução são realizadas de forma simultânea e integradas, ao contrário das estruturas de concreto armado, exigindo do operário o desempenho de várias atividades;
Obtém-se uma construção racionalizada e modularizada, com a redução de materiais e mão-de-obra nas fases subseqüentes, como o reboco e o acabamento final;
Na alvenaria com blocos cerâmicos o consumo de aço é bastante inferior ao consumo deste material no concreto armado.

Com relação à durabilidade e o desempenho térmico:
As alvenarias estruturais com blocos cerâmicos possuem bom desempenho térmico e maior durabilidade que as alvenarias com outros tipos de blocos, uma vez que nas primeiras, as deformações em função das variações térmicas são extremamente inferiores.


Referencias Bibliográfica:

- GALLEGOS, Hector. Albañileria Estructural, Segunda Edicion Corregida Y Aumentada, Lima, Peru. Pontificia Universidad Catolica Del Peru – Fondo Editorial, 1989.

- SANTOS, P.S .. Ciência e Tecnologia de Argilas, 2 ed. São Paulo, Edgard Blucher, c1989. 2v.II. A ed. Anterior tem o título “Tecnologia das Argilas, Aplicadas as Argilas Brasileiras”.

- INSTITUTO DE EPSQUISAS TECNOLOGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A – IPT/ SINDICATO DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE GRANDES ESTRUTURAS NO ESTADO DE SÃO PAULO – SINDUSCON/SP. Paredes de vedação em blocos cerâmicos. (Manual de execução).

- Guia Geral de Cerâmica & Assentamento 98/99 – Cerâmica Estrutural. Show Room Menasce. Ano V. Numero: 30-A. P.60-64, Mai. 1998.

- SANTOS, I. S. S; SILVA, N. I W. Manual de Cerâmica Vermelha. Porto Alegre, UNISINOS/CIENTEC/SEBRAE-RS/SIOCERGS, 1995. 56 p, il.

EQUIPE TÉCNICA
Profa. Dra. Eng. Ivana Suely Soares dos Santos
Eng. E Consultor da Anicer – Paulo Stumm

REVISÃO TEXTOS
Jorn. Ricardo Kelsch

PROJETO GRÁFICO
Glaucis de Morais

AGRADECIMENTOS
Sindicato da Industria Cerâmica para Construção do Estado de São Paulo.
Sindicato da Industria de Olarias e de Cerâmica para construção no Estado do RS.
Stumm Estruturas
DHZ Construções (Fotos Capa/Obra)
Eng. Roberto Risaliti – Especialista em Alvenaria Estrutural na Itália (Foto Capa/Catálogo Edifornaciai)