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Fiscal de Obras - Alta Performance!

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Chega de insegurança na obra. Domine a fiscalização com técnicas reais de campo.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Como comprar elevador de cremalheira

Prazo de uso do equipamento, disponibilidade do fornecedor em cumprir datas, extensão da torre e manutenção norteiam cotação



Elevador de cremalheira é destinado ao transporte vertical de pessoas, materiais e equipamentos em obras de construção civil; sua cabine se movimenta ao longo de uma torre metálica por meio do sistema de pinhão e cremalheira, diferentemente do elevador de obra convencional, movido pela ação de cabos de aço. Instalado no início da fase de estrutura da obra, logo após as fundações, o equipamento é utilizado até o término da construção. Comparado ao elevador convencional, o cremalheira é mais seguro e reduz o risco de acidentes, defendem especialistas.

Adriano Bastos, engenheiro coordenador de obras da REM Construtora, avalia que embora o elevador a cabo possa apresentar custos um pouco menores, o de cremalheira reduz os gastos ao longo do tempo por melhorar a logística da obra. "O elevador de cremalheira tem melhor funcionalidade, ou seja, não exige constantes interrupções por falhas mecânicas", comenta. É também uma máquina de fácil instalação, montagem e operação e tem capacidade de carga equivalente a outras soluções de transporte vertical, como a grua.


Especificações

Existem diferentes modelos de elevadores de cremalheira: com cabine simples (plataforma única) ou dupla (duas plataformas independentes correndo em lados opostos de uma mesma torre). Há ainda um tipo de cabine com compartimento isolado para o operador. A escolha por um ou outro modelo depende da necessidade de abastecimento dos pavimentos. Antes de locar, é importante conferir se a capacidade de carga do equipamento e as dimensões da cabine são compatíveis com a demanda da obra. Os produtos disponíveis no mercado suportam entre uma e duas toneladas e, em geral, têm velocidade de deslocamento vertical entre 30 m/min e 40 m/min.


Cotações de preços e fornecedores

Na hora de locar o elevador de cremalheira, deve-se levar em conta o prazo em que o equipamento será utilizado e a disponibilidade do fornecedor em cumprir as datas de instalação, extensão da torre e manutenção. As responsabilidades das partes também devem estar previstas no contrato de locação. A instalação, desinstalação e manutenção costumam ficar a cargo da locadora e, por isso, entram na análise da cotação de preços. Expedito Arena, presidente da Alec (Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis), lembra que "em todos os contratos, deve estar bem definido quem, como e por quanto tempo será feita a manutenção do elevador".

A oferta de elevador de cremalheira costuma se concentrar nos pólos onde a construção civil tem maior expressividade e a demanda pelo equipamento é grande. Atualmente, o prazo para contratação gira em torno de 120 e 150 dias. Para evitar problemas por falta de disponibilidade, vale consultar o fornecedor desde o início da obra. Indica-se contratar seguro caso não seja possível incluí-lo no seguro de responsabilidade civil do empreendimento.


Logística

Embora o transporte do elevador seja, em geral, de responsabilidade do contratante, o serviço deve ser orientado e fiscalizado, sempre que possível, pela contratada para evitar acidentes durante a locomoção. No momento do recebimento, é importante verificar a quantidade e o estado de conservação das peças e exigir da locadora a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) de montagem e do equipamento.

Para evitar o armazenamento, é aconselhável programar a chegada do elevador na etapa de sua utilização. A construtora deve atentar para as especificações técnicas da ligação elétrica e da base de concreto onde será fixada a torre. Ambas são de responsabilidade da contratante e devem estar prontas na chegada do equipamento. Caso seja necessário locar o elevador com antecedência, principalmente para garantir disponibilidade, deve-se reservar um local limpo, livre de intempéries e com piso nivelado para a armazenagem das peças.


Cuidados durante a instalação e utilização

É fundamental escolher um local de fácil acesso para instalar o elevador de cremalheira, de preferência próximo ao portão ou à área de carga e descarga, mas principalmente onde ele não interfira na construção de outros sistemas como caixilhos, vigas e colunas. "Por ser uma peça fundamental para a logística e, consequentemente, para o desempenho produtivo, o estudo da utilização, montagem e desmontagem do elevador deve ser contemplado no planejamento do empreendimento e no projeto do canteiro de obras", avalia Adriano Bastos.

O especialista aconselha desenvolver um cronograma físico para materiais, equipamentos e mão de obra e, a partir daí, elaborar o plano de uso do transporte vertical, com todos os horários diários de operação pré-definidos, levando em conta a demanda por pavimento, a produtividade das equipes e a capacidade do equipamento.

Durante a utilização deve-se respeitar a capacidade máxima de carga e checar os itens de segurança como o freio de trabalho, de emergência e o sistema de cancelas, que impede que o elevador se mova com as portas abertas. Vale reforçar que a revisão e a manutenção preventiva são fundamentais.


Normas técnicas

Duas normas técnicas regulamentam o uso do elevador de cremalheira no Brasil. A NR-18 normatiza as "Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção" e possui um item específico para "Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas" (18.14). Há também a NB 233, que regulamenta "Elevadores de Segurança para Canteiros de Obras de Construção Civil" e estabelece as condições mínimas para projeto e execução de elevadores de obra. Segundo Expedito Arena, propostas de mudanças no uso e fabricação de elevadores de obra estão hoje em debate no CPN (Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) e poderão trazer mudanças às normas vigentes no Ministério do Trabalho.

Checklist
> Procure locar de fornecedores que tenham boas referências no mercado, para evitar atrasos e aumento dos custos
> O local de instalação deve ser estudado no projeto do canteiro para não interferir em outros sistemas construtivos
> Os horários de operação devem ser programados conforme a demanda de cada pavimento, a produtividade das equipes e a capacidade do equipamento
> A manutenção periódica é fundamental e deve estar incluída no contrato de locação
> Deve-se sempre exigir da locadora o ART de montagem e do equipamento
> A carga máxima suportada deve ser respeitada


"Na REM, fizemos recentemente a opção pela compra de elevadores devido à necessidade de termos equipamento disponível para atender à demanda" Adriano Bastos

ENTREVISTA - ADRIANO BASTOS

Locar ou comprar

Quando é mais apropriado locar ou adquirir o elevador de cremalheira?
A decisão depende das características da construtora e do seu planejamento estratégico. Na REM, fizemos recentemente a opção pela compra de elevadores devido à necessidade de termos equipamento disponível para atender à demanda da empresa. Pelos cálculos na época da contratação, os custos desses equipamentos seriam diluídos antes de concluírem uma segunda obra. Vale destacar que a empresa possui uma estrutura organizacional que permite o gerenciamento dos elevadores.

Qual o preço médio de locação e da aquisição do equipamento?
Sem considerar montagem, transporte e seguro, o preço médio de locação para elevador de cremalheira com porta de pavimento fica em torno de R$ 10 mil mensais. Para aquisição de um elevador de cremalheira cabine simples, com 30 m de torre e sem porta de pavimento, o preço médio é de R$ 170 mil. As portas de pavimento têm de ser compradas à parte.

É mais vantajoso adquirir do mercado interno ou externo?
Fizemos um estudo no meio do ano passado, pouco antes da crise financeira, para analisar se financeiramente seria melhor locar ou adquirir o equipamento. Verificamos que a aquisição no exterior era a melhor opção, mesmo com as despesas de importação e transporte interno. O câmbio na época era favorável; conseguimos uma boa condição comercial; para a empresa era interessante adquirir o equipamento e havia poucas opções de produto no mercado interno. Essas questões devem ser reavaliadas caso a caso. Deve-se levar em conta, no entanto, como será feita a substituição de peças no caso de uma manutenção e como se dará a garantia.

Adriano Bastos, engenheiro coordenador de obras da REM Construtora



Colaboraram: Adriano Bastos, engenheiro coordenador de obras da REM Construtora, e Expedito Arena, presidente da Alec (Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis)

Fonte: Construçãomercado

Instalações hidráulicas

Veja passo-a-passo como levantar as quantidades das instalações hidráulicas com base nos projetos de arquitetura

Por Bernardo Corrêa Neto engenheiro civil e gerente de engenharia da PINI


Geralmente a orçamentação das instalações hidráulicas é realizada com os projetos de instalações. No entanto, com os projetos de arquitetura já é possível orçá-las, como mostraremos a seguir. Para isso, dividiremos as instalações hidráulicas em quatro partes: 1) entrada; 2) distribuição interna; 3) prumadas; e 4) rede de incêndio.


Entrada
Para entrada adote:
> Um abrigo para cavalete - un.
> Um cavalete com tubo de aço galvanizado, com diâmetro de 25 mm (1") - un.


Distribuição interna
Para quantificação, somaremos as quantidades dos pontos de água fria (Paf) e de água quente (Paq). Adotaremos como exemplo o projeto de arquitetura abaixo.




Água fria
Some todos os pontos de água fria sem esquecer os pontos de filtro na cozinha, da máquina de lavar na área de serviço e dos pontos de torneira em varandas e terraços (se houver).

Analisando o projeto de arquitetura utilizado como exemplo, temos três ou quatro pontos de água fria: lavatório, chuveiro, vaso sanitário e ducha higiênica (opcional).

Para calcular as quantidades de cada ponto de água fria, adote:
> 8 m de tubo soldável marrom de PVC Ø 25 mm (m)
> Três curvas 90º soldável de PVC marrom Ø 25 mm (un.)
> Um tê 90º soldável de PVC marrom Ø 25 mm (un)


Água quente
Caso o banheiro tenha rede de água quente, teremos dois pontos: um para o lavatório e um para o chuveiro. Na rede de água quente vamos adotar tubos e conexões de cobre. No entanto, o material pode ser alterado para CPVC, se desejar.

Para cada ponto de água quente, adote:
> 8 m de tubo soldável de cobre (ou CPVC) Ø 22 mm (3/4") (m)
> Quatro cotovelos soldáveis bolsa x bolsa de cobre (ou CPVC) Ø 22 mm (3/4") (un.)
> Um tê soldável de cobre (ou CPVC) Ø 22 mm (3/4") (un.)

Adote também um registro de gaveta com canopla Ø 20 mm (3/4") para cada ambiente "molhado" que tiver rede de água quente. Os registros da rede de água fria serão inclusos nas prumadas.


PRUMADAS
Para calcular todos os itens das prumadas, é necessário determinar a quantidade de prumadas (Qp) de água fria. Para tal, analise a planta baixa do pavimento-tipo ou da casa. Normalmente haverá uma prumada para cada ambiente molhado. Porém, os ambientes contíguos podem ser alimentados por prumada única. Anote também a altura da edificação (Ht) e o número de pavimentos (Np).

Com esses dados, teremos:
> Qp x Ht = quantidade total de tubo soldável de PVC marrom Ø 50 mm (m) (para as prumadas)
> Ht = quantidade total de tubo soldável de PVC marrom Ø 40 mm (m) (ligação entre cisterna e reservatório superior)
> Np x Qp = quantidade total de registros de gaveta bruto Ø 50 mm (2")
> Um automático de boia (para o recalque)
> Duas torneiras de boia Ø 25 mm (1") (para os reservatórios)
> Dois conjuntos elevatórios motor-bomba (centrífuga) de 3/4 HP (para recalque)


REDE DE INCÊNDIO
Agora temos que levantar a quantidade de prumadas de incêndio (Qpi). Normalmente as prumadas são localizadas nos corredores de serviço onde ficam as caixas de incêndio com as mangueiras. O número de pavimentos (Np) e a altura da edificação (Ht) também entram na conta.

Teremos então:
> Qpi x Np = quantidade de abrigos para hidrante em chapa, com mangueira de 65 mm (2 1/2") x 20 m (un.)
> Qpi x Np = quantidade de hidrantes com registro globo angular 45 d = 65 mm (2 1/2") (un.)
> Qpi x Ht = quantidade de tubo aço galvanizado Ø 3" (m)

Por fim, caso a edificação também possua rede de combate a incêndio com pontos de splinkers, podemos adotar um ponto a cada 10 m2. Para cada ponto coloque 6 m de tubo de aço galvanizado Ø 3/4".

Fonte: Construçãomercado

terça-feira, 21 de julho de 2009

Como levantar as quantidades de impermeabilização

Como Orçar

Saiba como levantar as quantidades dos serviços de impermeabilização


O primeiro passo para o levantamento de quantidades dos serviços de impermeabilização para efeito de orçamento e contratação dos serviços é a obtenção dos seguintes dados pelo orçamentista: projeto de execução de impermeabilização, memorial descritivo de especificações dos materiais e dos processos executivos, além do projeto de arquitetura executiva com as indicações das interferências estruturais e das interferências das instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias.

É recomendada a leitura das normas Impermeabilização - Seleção e Projeto (ABNT - NBR 9575: 2003) e Execução de Impermeabilização (ABNT - NBR 9574: 2008). Elas descrevem os tipos de processos de impermeabilização, os métodos de execução, as recomendações para a execução de um projeto adequado, as exigências e as recomendações construtivas que devem ser levadas em conta nos levantamentos de quantidades, assim como na sua execução.

Verifica-se que na prática as empresas construtoras não realizam o projeto como prática usual, apesar do serviço de impermeabilização representar 1,5% a 3,5% do custo total da construção, e ser um dos principais fatores de patologia e de despesas de manutenção após a conclusão da obra.

Cabe ao orçamentista, além da insistente e perseverante busca das informações adequadas, trabalhar para a conscientização dos representantes técnicos da construtora da necessidade e das vantagens advindas de um projeto adequado, e que poderá ser replicado para os demais empreendimentos da empresa.

Recomendo como alternativa para a obtenção dos dados para os levantamentos, na ausência de projeto, o desenvolvimento de um memorial técnico onde constam os compartimentos que serão impermeabilizados, os tipos e os materiais de impermeabilização que serão adotados, os processos executivos e os detalhes relevantes. Esse memorial deve ser elaborado com a participação do engenheiro responsável pela obra e por um consultor de impermeabilização ou de empresa especializada.

De posse dos dados, são realizados os levantamentos de quantidades que devem ser feitos de forma a minimizar a possibilidade de erros de levantamentos ou omissões de compartimentos.

Recomenda-se o desenvolvimento de uma planilha eletrônica, na ausência de um programa específico de levantamento, onde conste, além dos dados do empreendimento, data, assinatura do responsável pelo trabalho, e os seguintes elementos: descrição dos compartimentos; descrição dos tipos de impermeabilização; perímetro do compartimento; área do compartimento; viradas nas paredes do compartimento; avanço nos vãos ou nas áreas contíguas; medidas dos descontos de vãos e interrupções; e resultados dos cálculos das áreas e perímetros para a execução da impermeabilização.

O resultado dessa planilha deve permitir a apresentação de relatório de quantidades por compartimento, por pavimento, do total levantado, e por tipologia de impermeabilização. Como exemplo, confira a planilha com a simulação de um levantamento hipotético de impermeabilização de uma edificação com subsolo, térreo, pavimento comum, cinco pavimentos-tipo e telhado. Esse tipo de levantamento possibilita a rastreabilidade do levantamento das quantidades, e a equalização das quantidades quando da realização da licitação para a contratação dos serviços.

Os levantamentos devem ser compatíveis com as metodologias adotadas pelo mercado quanto à discriminação dos serviços, os critérios de medição e a forma de pagamento. Os levantamentos orçamentários devem ser entendidos como previsões que serão consolidadas na contratação dos respectivos serviços sem que ocorram diferenças relevantes de processos, de quantidades e de custos.

Quanto à metodologia dos processos nas edificações, não verificamos ainda uma padronização consolidada para as pequenas empresas, onde muitas vezes cabe ao engenheiro da obra, ou à empresa especializada contratada, as definições dos sistemas e processos executivos.

A norma Impermeabilização - Seleção e Projeto (ABNT - NBR 9575: 2003) descreve detalhes construtivos que o projeto de impermeabilização deve atender, como por exemplo:

> Impermeabilização nos planos verticais com altura mínima de 20 cm acima do piso acabado ou 10 cm no nível máximo que a água pode atingir (constatamos na prática do mercado construtivo a adoção de virada de no mínimo 30 cm).

> Quando houver tubulações de água quente embutida, deve ser prevista proteção adequada dessas, para a execução da impermeabilização.

> A impermeabilização deve ser executada em todas as áreas sob enchimento, e recomenda-se executá-las também sobre o enchimento.

Para finalizar, lembramos que a importância dos levantamentos de quantidades não se restringe à precisão das previsões orçamentárias que servirão para o planejamento da obra. Sua importância é extensiva ao desempenho e ao resultado da construção pela referência de sua quantidade na contratação dos serviços. A margem de erro na precisão desses levantamentos influi diretamente no resultado financeiro da contratação desses serviços.




Pedrinho Goldman, engenheiro civil, doutorando em engenharia civil pela UFF-RJ (Universidade Federal Fluminense), diretor da Pekman Engenharia e autor do livro "Introdução ao Planejamento e Controle de Custos na Construção Civil", da Editora PINI.

Veja os custos da reforma em andar de edifício comercial

Construtora organiza logística especial para não interferir em funcionamento de prédio de escritórios





A construtora paulista Obraplan teve que estabelecer um esquema diferenciado de trabalho para realizar uma reforma completa no andar de um edifício comercial em São Paulo, que abrigará uma unidade da empresa Porto Seguro. Toda a remoção de entulho e transporte de material foi concentrada no período noturno, de modo que não houvesse circulação de operários durante o horário de funcionamento do prédio.

A medida valeu também para atender à lei municipal 14.751/08, que restringe a circulação de caminhões entre 5h00 e 21h00, num raio de 100 km do Centro da cidade. Por fim, a decisão logística facilitou o acesso dos veículos de carga ao edifício, que está localizado numa pequena rua do Vale do Anhangabaú - um calçadão com intensa circulação de pedestres durante o dia.

Ainda com a preocupação de não interferir na rotina dos escritórios vizinhos, a construtora planejou, para os finais de semana, a execução dos serviços que produzissem muito ruído. E como o prédio não dispõe de elevador de serviço, tomou-se cuidado redobrado na proteção de uma das cabines sociais destinadas à obra.

Entre os principais sistemas e materiais implantados, o diretor da Obraplan destaca o piso elevado (responsável por 19,73% do custo total) e o forro mineral de performance acústica, constituído por placas de 60 cm x 60 cm (e que colaborou com 7,97% do orçamento). "Além disso, as luminárias de embutir, de 2 W x 32 W, foram restauradas - tiveram as calhas pintadas e as lâmpadas e reatores substituídos", acrescenta Villela. Vale mencionar que placas de drywall compuseram as divisórias internas, a um índice de 2% do valor da obra - mão de obra inclusa.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Profissionais informais poderão se regularizar

Autônomos informais da construção civil poderão se regularizar e ter acesso a direitos previdenciários



Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional permite que desde primeiro de julho, profissionais informais de diferentes segmentos se regularizem com facilidade e baixo custo tributário. Entre as dezenas de ocupações passíveis de adesão, encontram-se diversas atividades ligadas à indústria da construção, como azulejista, carpinteiro, encanador e eletricista.

"A principal intenção é formalizar um grande contingente de profissionais que estão à margem dos direitos e da segurança previdenciária. Atualmente, em São Paulo, são cerca de 3,4 milhões de pessoas nessas condições", explica Júlio César Durante, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo).

A resolução instituiu um sistema de recolhimento de tributos com o valor mensal fixo de R$ 51,15 (11% do salário mínimo) relativos ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), R$ 1 de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e R$ 5 de ISS (Imposto Sobre Serviços). Pode optar pela modalidade o microempreendedor individual (MEI) que tenha receita bruta de até R$ 36 mil anuais, não seja titular de outra empresa, tenha no máximo um empregado (cujo salário não ultrapasse um salário mínimo) e não tenha filiais.

Além da segurança previdenciária, o profissional que optar por se tornar MEI passará a receber tratamento de pessoa jurídica, o que abrirá o mercado de empresas formais para ele. "Outra vantagem é que o MEI, por se tratar de pessoa jurídica, terá acesso a linhas de financiamento diferenciadas, até agora inacessíveis para trabalhadores informais", acrescenta Durante.


Locação de mão de obra não vale
Não é permitido ao MEI realizar locação ou cessão de mão de obra. "O MEI é mais adequado para reformas do que para construção", afirma Durante. A natureza da atividade desempenhada por esse trabalhador deve ser especializada, individual e não-corriqueira, e o microempreendedor não pode atuar em uma linha de produção de outra empresa de maneira contínua. "Mas essa vedação não se aplica à prestação de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e manutenção ou reparo de veículos", esclarece Paulo Pirolla, advogado do editorial trabalhista.

Ou seja, encanadores ou pintores, por exemplo, que sejam enquadrados como MEIs, podem ser contratados, como autônomos, para participar da etapa de uma obra. "Nesse caso, contudo, o contratante tem que recolher 20% de INSS sobre a nota e descontar 11% do profissional, que é o procedimento comum para autônomos", explica o advogado Piraci Oliveira.

Mas as mudanças trazidas pela resolução na indústria da construção não devem ser muito grandes. "A contratação de autônomos já é uma exceção atualmente", aponta Ricardo Lacaz, membro do conselho jurídico do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo). Segundo ele, é mais comum que as construtoras prefiram contratar empresas - e não profissionais - para desempenhar tarefas especializadas. "É mais fácil gerenciar empresas do que autônomos na obra", concorda Sueli Villarrubia, gerente-administrativa da Lucio Engenharia. Segundo ela, os encargos sociais recolhidos quando se contrata um autônomo são diluídos no preço cobrado por uma empresa subcontratada. "Nos segmentos em que há autoconstrução deve haver um impacto maior", indica Rosilene Carvalho Santos, advogada do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

Condições para se tornar microempreendedor individual
* Ganhar até R$ 36 mil por ano
* Não ser dono ou sócio de outra empresa e não ter filiais
* Ter no máximo um funcionário (que ganhe no máximo um salário ínimo)
* Exercer uma das ocupações listadas na resolução. Confira em:
www.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional

Conteúdo online exclusivo:
Relembre algumas matérias de Construção Mercado sobre carga tributária na construção civil.>>>
Carga tributária>>> Recolhimento simplificado>>> O Simples Nacional e a construção>>> Tributação na empreitada>>> Tributos

Fonte: Construçãomercado