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Fiscal de Obras - Alta Performance!

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Chega de insegurança na obra. Domine a fiscalização com técnicas reais de campo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Como orçar construção de cisternas

Veja passo-a-passo como calcular as quantidades dos reservatórios inferior e superior de uma edificação

Na Editora PINI, quando somos solicitados a fazer um estudo de custo de uma determinada obra, é comum recebermos os projetos preliminares de arquitetura apenas com as plantas baixas dos pavimentos-tipo, térreo etc. Veja como estimar as quantidades dos reservatórios somente com esses dados.



1 Calcular a população estimada da edificação (pop). Para tal, multiplique a quantidade de dormitórios total da edificação por dois, ou seja, dois habitantes por quarto.

Pop = quantidade de quartos x 2


2 Calcular o volume de água necessário dos reservatórios (vol) adotando um consumo diário de 180 l/pessoa/dia ou (0,18 m3/pessoa/dia) e cinco dias de reserva.

Vol = Pop x 0,18 x 5 (assim, obtém-se o volume total em metros cúbicos)


3 Como referência serão adotados reservatórios quadrados com alturas de um metro (1 m).




4 Do volume calculado, 2/3 serão armazenados no reservatório inferior (cisterna) e 1/3 no reservatório superior.

Então, o lado do reservatório inferior (Lri) terá:



5 Quantidades para o reservatório superior:



6 Quantidades para o reservatório inferior:


Fonte: Construção Mercado

Como comprar gruas



Planejar os materiais que serão transportados, o cronograma de fornecimento, a velocidade e capacidade de carga são fundamentais para especificar corretamente a grua e não aumentar custos

A grua é um equipamento de transporte vertical de cargas usado desde a fase de estrutura da obra até o término do fechamento. Versátil, ela transporta diversos tipos de materiais - aço, blocos de alvenaria, caçambas de concreto etc. - e rivaliza com outros aparelhos como o elevador de obra, a minigrua e o bombeamento de concreto. "A grua tem maior capacidade de carga e não tem limitação de volume. O elevador, por exemplo, não pode transportar materiais maiores do que sua cabine", diz Gilbert Kenj, coordenador de suprimentos da construtora Conx.

Outra vantagem é a possibilidade de descarregar o material diretamente no local de utilização, dispensando boa parte do transporte horizontal necessário em outros sistemas. Por outro lado, o uso da grua não dispensa o elevador, imprescindível para o transporte de pessoas, e no caso do concreto, o bombeamento ainda é a solução mais rápida. As variáveis são muitas e a escolha do sistema de transporte deve estar calcada no estudo criterioso da logística do canteiro, visando alcançar a melhor combinação de equipamentos.


ESPECIFICAÇÕES
Há três tipos principais de grua: a fixa, chumbada no solo sobre uma base de concreto ou um chassi metálico; a móvel, montada sobre trilhos; e a ascensional, instalada no meio do edifício com um mecanismo que lhe permite subir os andares conforme os pavimentos são construídos. A torre é montada progressivamente, acompanhando a altura do edifício, mas o tamanho final deve ser estipulado desde a contratação.

O comprimento da lança - braço horizontal - deve ser suficiente para que todos os pontos de carga e descarga estejam sob seu raio de ação. A capacidade de carga varia ao longo da lança e deve ser avaliada em conjunto com a velocidade de içamento do motor. É necessário verificar ainda se as instalações elétricas do canteiro são suficientes para alimentar a grua, levando em conta os demais instrumentos elétricos.


COTAÇÕES DE PREÇOS E FORNECEDORES
O mercado de gruas se concentra nas grandes capitais do País, mas é possível contratar o fornecimento para todas as regiões brasileiras. Como regra geral, a locação deve ser feita pelo menos três meses antes do uso, mas a disponibilidade varia em função da demanda. "No mercado atual, recomendo no mínimo seis meses de antecedência", aconselha Gilbert Kenj.

Ele acrescenta que antes de escolher um fornecedor é preciso verificar a situação da empresa e do equipamento perante órgãos de fiscalização e pesquisar junto aos clientes da locadora se o desempenho foi satisfatório nas contratações anteriores. É fundamental que a construtora exija do fornecedor a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do equipamento, da montagem e da operação, além de incluir a grua no seguro da obra.


LOGÍSTICA
O transporte da grua até o canteiro, bem como a montagem, desmontagem e a operação, devem ficar sob responsabilidade do fornecedor, ainda que ele opte por terceirizar esses serviços. Não se aconselha armazenar a grua para uso posterior, mas caso a estocagem seja necessária, os cuidados devem se concentrar na proteção contra umidade e no empilhamento correto das peças, levando em conta a sequência de montagem. "Há itens de manutenção mesmo para equipamentos fora de operação", acrescenta Paulo Carvalho, diretor de gruas da Alec (Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis).


CUIDADOS DURANTE A INSTALAÇÃO
Antes de efetivar a locação, é de suma importância fazer um estudo logístico considerando os materiais que serão transportados, o cronograma de fornecimento, a velocidade e capacidade do equipamento e os aparelhos de apoio que estarão na obra. "Deve-se fazer um estudo dos ciclos de trabalho para não locar uma grua de porte insuficiente ou maior que o necessário. Erros no dimensionamento podem atrasar o cronograma e aumentar custos", avalia Carvalho.

O local de montagem também deve ser estudado no projeto do canteiro, para assegurar o abastecimento de todos os pontos sem interferir em outros sistemas da obra ou em edifícios vizinhos. O estaiamento da torre na estrutura do prédio é um fator crítico de segurança e merece atenção especial durante a execução.

Outro ponto chave é a manutenção preventiva e corretiva, que deve ser inserida no contrato de locação e tem importância vital para o bom funcionamento não só da grua, mas da obra com um todo. "A logística passa a ser pensada contando com o suporte da grua, apostando em paletes e em conjuntos de maior dimensão. Ficar um dia sem ela vira um enorme transtorno", conclui Ubiraci Sousa, professor de engenharia civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.


NORMAS TÉCNICAS
> NR 18.14.24 - Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção - Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas - Gruas.
> NBR 4309:2009 - Equipamentos de Movimentação de Carga - Cabos de Aço - Cuidados, Manutenção, Instalação, Inspeção e Descarte.
> NBR 8400:1984 - Cálculo de Equipamento para Levantamento e Movimentação de Cargas.
> NBR 11436:1988 - Sinalização Manual para Movimentação de Carga por Meio de Equipamento Mecânico de Elevação.
> NBR 13129:1994 - Cálculo da Carga do Vento em Guindaste.



Checklist
> O transporte, a mobilização e a operação da grua devem ficar a cargo do fornecedor ou de equipe habilitada por ele
> A construtora deve exigir da locadora a ART do equipamento, da montagem e da operação
> O planejamento deve contemplar os ciclos de trabalho, a velocidade de içamento e a capacidade de carga para evitar erros de dimensionamento
> A posição da grua deve ser estudada para atender todas as áreas de carga e descarga sem interferir em outros sistemas e edifícios
> A manutenção preventiva e corretiva é fundamental e deve ser incluída no contrato de locação



ENTREVISTA > Antônio Pereira do Nascimento


"Contrato bem redigido, a ART e a elaboração de um plano de cargas são requisitos mínimos"
Uso seguro

Quais os principais cuidados para garantir o uso seguro da grua?

A escolha de um bom locador e fabricante é importantíssima para assegurar que sejam fornecidos os dispositivos de segurança previstos na NR-18 como o anemômetro, limitadores de altura, de fim de curso, de giro, entre outros. O contrato bem redigido, a ART e a elaboração de um plano de cargas são requisitos mínimos que devem ser seguidos à risca. Junto com o equipamento, deve ser fornecido o termo de entrega técnica do locador, estipulando que o equipamento está apto para uso, e o manual de operação. Antes da liberação dos trabalhos deve-se fazer também o teste de carga, respeitando os parâmetros indicados pelo fabricante.


Quais os problemas mais recorrentes?

Os mais comuns são: queda de materiais durante o içamento, procedimentos inadequados na montagem e desmontagem, normalmente causados por falta de supervisão técnica do fornecedor nesses processos e planos de cargas que não preveem o fluxo de pessoas e materiais sob a grua, podendo causar acidentes.


Como você avalia o uso da grua no Brasil e qual a tendência do mercado?

O uso de gruas veio para ficar e a tendência é que se torne cada vez mais frequente, principalmente com o investimento em obras públicas proveniente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), linhas do metrô, urbanização de favelas, montagem industrial entre outras obras. Não há como aliar velocidade, produtividade e segurança sem o uso da grua, mas ainda existe certo receio por parte de alguns engenheiros. A dúvida é natural, visto que uma falha nesse equipamento pode causar acidentes graves ou fatais. O uso de várias gruas no mesmo canteiro aumenta ainda mais os riscos. Contudo, são problemas que ajudam a amadurecer o mercado e gerar soluções de controle eficazes no gerenciamento desses riscos.

Antônio Pereira do Nascimento, coordenador do Programa Estadual da Construção de São Paulo no Ministério do Trabalho e coordenador do CPR-SC (Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção)

Alvenaria de vedação x Estrutural

Comparativo de custos aponta economia de 27,64% com uso de blocos estruturais, mas mudanças no projeto levam à adoção de sistema misto

O motel Aspen Ville, na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo, foi inicialmente concebido para ser construído em alvenaria de vedação. Após o início da terraplenagem, no entanto, uma profunda alteração no projeto levou a construtora NGalvan a reconsiderar o método construtivo, fazendo uma comparação entre alvenaria estrutural feita em bloco cerâmico estrutural de 3,0 MPa de resistência e estrutura de concreto com fechamento constituído por alvenaria de blocos cerâmicos.



Bloco de vedação: apesar de mais caro, sistema de vedação teve de ser usado para não desperdiçar material já adquirido

Alvenaria estrutural: economia de 27% em relação ao sistema convencional




O motivo da mudança foi o seguinte: a princípio, o motel teria quartos térreos, ladeados por garagem de cerca de 3 m de largura. Mas o cliente solicitou a verticalização do projeto - quarto sobre garagem - abrindo espaço para dobrar o número de unidades. Foi quando Luiz Fernando Galvan, engenheiro responsável pela obra e diretor da construtora, sugeriu o uso da alvenaria estrutural para construção dos dois pavimentos - piso térreo e superior.

Porém, a alteração completa do sistema construtivo enfrentaria ainda mais um empecilho: parte do material a ser usado originalmente na estrutura da alvenaria de vedação já havia sido comprada, inviabilizando, em termos de custo, a construção integral da obra em alvenaria estrutural.

A solução veio no fechamento das garagens. Aproveitando que o vão do compartimento teria de ser ampliado, de 3 m para 3,6 m, para introdução da escada de acesso ao primeiro piso, o engenheiro resolveu, então, modificar a matéria-prima das divisórias dessas garagens - inicialmente projetadas em chapa metálica ou drywall - para blocos cerâmicos de vedação, utilizando o material estocado.

A reviravolta de projeto e seu impacto no planejamento de suprimentos, com a compra antecipada do material, resultaram na opção por um sistema híbrido. Porém, na ponta do lápis, fica claro - como mostrado em tabela à parte - que a construção do piso térreo em alvenaria estrutural sairia mais em conta. Se construído exclusivamente com blocos estruturais, o piso apresentaria um custo 27,65% inferior ao valor consumido na construção do mesmo projeto em alvenaria de fechamento. "Poderíamos usar graute nos blocos estruturais em vez de moldar pilares em cada extremidade", observa. Galvan defende que esse sistema confere praticidade e agilidade à obra ao dispensar a construção de vigas e pilares, eliminando o uso de fôrmas de madeira e reduzindo gastos com material e mão de obra.

De qualquer forma, diante da circunstância pontual apresentada no dia-a-dia da obra, a solução híbrida - alvenaria estrutural nos quartos e vedação nas garagens - reduziu os custos originais, facilitou o processo construtivo e eliminou parte dos resíduos da moldagem de concreto, satisfazendo, portanto, cliente e fornecedor.

Pilares e vigas de concreto armado executados em obra. A altura para lajes de cobertura é de 8 cm. De acordo com a empresa, devido a praticidade na execução da alvenaria estrutural, ocorre uma queda no valor da mão de obra.

Fonte: Construção Mercado

Custo de habitação popular com alvenaria estrutural





Confira os custos de uma edificação econômica com 28 apartamentos de 50 m² executada em alvenaria estrutural

De olho no mercado de habitação econômica, a pergunta recorrente entre construtoras e incorporadoras tem sido: quanto custa uma edificação com alvenaria estrutural? A equipe de engenharia da PINI foi atrás dessa resposta e destrinchou os principais custos que compõem o orçamento de um prédio padrão popular com uso da solução.

Para isso, tomou como referência o projeto de um edifício com sete pavimentos, considerando somente os custos diretos da construção. Distribuídos em uma área construída de cerca de 1,6 mil m2, os quatro apartamentos por andar de aproximadamente 50 m2 contam com dois dormitórios, sala, cozinha, área de serviço, um banheiro e varanda.

Após levantamento dos quantitativos foram utilizadas no orçamento as composições do TCPO 13 (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos) da PINI. "Caso tenha interesse, os construtores poderão usar o orçamento, aliado a um bom projeto, como base para viabilizar seus empreendimentos", diz Bernardo Corrêa Neto, gerente de engenharia da PINI.

Para compor o orçamento, além dos requisitos de uma edificação comum - tais como fundação, alvenarias, instalações de telhado etc. -, também se levou em consideração algumas particularidades estruturais. Em função do uso da alvenaria armada, pilares e vigas foram excluídos e, como as lajes também são pré-moldadas, os consumos de concreto, armação e fôrma diminuíram consideravelmente. "O uso da alvenaria com régua metálica aumentou o custo da mão de obra. Mas, por outro lado, eliminou a necessidade de revestimento interno", explica o engenheiro.

De fato, um dos grandes benefícios da alvenaria estrutural é a possibilidade do barateamento do custo da estrutura. E justamente por isso, apesar de limitar a "personalização" das unidades, o sistema é muito bem-vindo em produtos destinados à baixa renda. Entre as vantagens da solução em relação ao modelo convencional está a regularidade das medidas dos elementos, proporcionando menor desperdício de materiais e até mesmo a eliminação de serviços de chapisco e fôrmas (para execução das vigas e dos pilares).

Vale reforçar que o orçamento apresentado nas próximas páginas não é absoluto e está sujeito a alterações diversas decorrentes das peculiaridades de cada obra. A ressalva também vale para os preços unitários, que podem ser diminuídos conforme as boas negociações das construtoras com seus fornecedores.



O que foi e não foi considerado
> Os orçamentos consideram apenas a construção
> Como revestimento, adotou-se pintura látex na fachada
> Custos como serviços preliminares, alojamento, limpeza da obra, sistemas de aterramento, arruamento, canteiros e terraplenagem foram desconsiderados
> O projeto prevê a utilização de fundações com estaca tipo Strauss, laje convencional treliçada; alvenaria de blocos de concreto estrutural; esquadrias de alumínio, instalações hidráulicas de água fria e esgoto em PVC; revestimento de piso em cerâmica comum nas áreas molhadas e cobertura com estrutura de madeira e telha cerâmica
> O projeto base para orçamentação prevê a construção de uma edificação com sete pavimentos-tipo, sendo três deles localizados abaixo do nível de acesso ao prédio. A disposição dos pavimentos, possibilitado pela declividade do terreno onde a construção foi edificada, permitiu o aumento do número de unidades sem dispêndio com instalação do elevador



Especialistas opinam
"O orçamento está coerente, sobretudo no que tange ao processo construtivo. Porém, em Porto Velho (RO), é necessário fazer algumas ressalvas, principalmente no item mão de obra que, por aqui, é encarecida dada a escassez de profissionais qualificados e a necessidade de importação de outros Estados, além da grande distância da região em relação aos centros produtores. Por questões ambientais, insumos básicos, como areia e brita, apresentam preços muito altos e, com a alta demanda, nos últimos dois anos seus preços mais do que dobraram"

Paulo Adriane da Costa Medeiros, engenheiro orçamentista da Coeng Comércio e Engenharia.


"Quanto aos preços apresentados, certamente sempre existe uma possibilidade de conseguir boas negociações e, com isso, descontos comerciais. Um ponto que deveria ter sido considerado é a impermeabilização de baldrames, já que o projeto contempla a construção de apartamentos no pavimento térreo que poderão apresentar problemas de umidade e, consequentemente, futuros custos de manutenção. Como a estrutura tem sete pavimentos, teremos mais de um tipo de bloco estrutural (com maior resistência) e isso deveria aparecer no orçamento, pois os preços dos blocos apresentam diferenças. No projeto, alguns itens podem ser melhorados a fim de proporcionar redução nos custos, tais como a utilização de portas de madeira com bandeira; massa única no lugar de emboço e reboco (tanto interna como externamente); escada tipo jacaré e a otimização das instalações de modo a minimizar os rasgos, que devem ser evitados na alvenaria estrutural"

Luiz Fernando Ferreira de Castilho, gerente de orçamento da Sinco Incorporadora e Construtora.


"Os itens fundação e subsolo representam 4% desse orçamento ante 1,6% do orçamento da MPD Engenharia. Isso porque o orçamento apresentado leva em conta o uso da fundação em estaca tipo Strauss, que às vezes pode ser mais cara. É necessária uma análise mais sólida na hora de decidir por um tipo de fundação específico. No item estrutura, notei que o grout é um item que deveria estar contemplado em alvenaria e que a laje pré-fabricada pode ter sido uma subatividade (insumo) que encareceu a atividade, pois seu custo unitário de material está um pouco elevado em relação aos preços praticados pela nossa empresa. A locação mensal da escora metálica, sob um valor fixo, ajudaria no controle orçamentário. No item revestimento, substituir a argamassa cimentícia por revestimentos de gesso (nas áreas não frias) traria uma considerável economia"Weslley Fabrício, engenheiro e coordenador de obras sênior da MPD Engenharia.




Características do orçamento


EDIFÍCIO POPULAR COM ALVENARIA ESTRUTURAL


> Área construída de 1.627,29 m²
> Prédio padrão popular com sete pavimentos, sendo quatro apartamentos por pavimento
> Apartamentos de dois dormitórios, sala, cozinha/área de serviço, banheiro e varanda
> Fundações com estaca tipo Strauss
> Laje convencional treliçada
> Alvenaria de blocos de concreto estrutural
> Esquadrias de alumínio
> Instalações hidráulicas de água fria e esgoto em PVC
> Revestimento de piso em cerâmica comum nas áreas molhadas e regularização nos demais para revestimento posterior
> Cobertura com estrutura de madeira e telha cerâmica

Confira os custos de uma edificação econômica com 28 apartamentos de 50 m² executada em alvenaria estrutural





Fonte: Construção Mercado

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Infraestrutura de loteamentos

Confira custos estimados de infraestrutura de loteamentos orçados pela equipe de engenharia da PINI. Objetivo é apresentar referências, com a ressalva de que as variáveis de cada empreendimento devem ser respeitadas

Quais os principais custos que compõem a infraestrutura de loteamentos? É essa a pergunta que a equipe de engenharia da PINI ajuda a responder nas páginas a seguir. Para isso, foi analisado um projeto completo de loteamento. O intuito é oferecer referências às empresas e aos orçamentistas, com a ressalva de que os custos variam de acordo com região, padrão e terreno do empreendimento; descontos obtidos pelas construtoras, entre muitas outras características. Em outras palavras: o orçamento a seguir deve ser encarado não como um modelo, mas como mais uma entre outras referências.

Os números tiveram como base as composições do TCPO 13 (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos). "Recebemos um projeto completo e a partir dele levantamos todas as quantidades necessárias para a execução de cada etapa descrita", explica Bernardo Corrêa Neto, gerente de engenharia da PINI. Depois de pronto, o orçamento foi enviado a quatro especialistas, que sugeriram ajustes e fizeram as ressalvas necessárias (veja quadro).

No estudo, foram contemplados os seguintes itens: rede de drenagem (todos os serviços necessários para a captação das águas pluviais); rede de esgoto sanitário para captação de esgotos domésticos; rede de água potável para alimentação dos lotes; rede subterrânea de alimentação de energia elétrica e iluminação pública; rede subterrânea de telefone; pavimentação de ruas e calçadas e paisagismo. Movimentação de terra não foi considerada por depender totalmente das características do terreno.

Vale ressaltar que os serviços citados podem ser inerentes às obras a serem executadas sobre lotes tanto de média e alta rendas, como de baixa. "Isso porque um empreendimento voltado para a baixa renda também exige a entrega de infraestrutura pronta, semelhante à de alto padrão", diz Neto. No entanto, ele ressalva que nos empreendimentos econômicos é mais usual a execução de redes aéreas para alimentação elétrica, em vez das subterrâneas que constam no orçamento. E completa: "redes de telefone geralmente não são executadas, ficando a cargo das concessionárias locais, que utilizarão cabeamento aéreo aproveitando o posteamento existente", observa Neto.

A ressalva de especialistas

O objetivo do orçamento apresentado pela PINI não é ser "a" referência em infraestrutura de loteamentos, e sim oferecer parâmetros para os orçamentistas calcularem seus próprios custos de acordo com variáveis de cada empreendimento. Confira abaixo a opinião de quatro especialistas, que fazem ressalvas quanto aos custos apresentados.

"O custo final apresentado pode sofrer variações significativas em função do tamanho dos lotes. Quanto maiores os lotes, menor a quantidade de vias a serem pavimentadas e iluminadas. Além disso, lotes maiores geralmente implicam populações menores e, portanto, menor o custo das redes. É necessário ressaltar que o orçamento não contempla movimento de terra justamente por este depender da topografia do local. O custo também poderá ser influenciado pelos itens que o compõem. Em função da legislação da região, instalações como ETE´s (Estações de Tratamento de Esgoto) e reservatórios podem ser exigidas. Há quem tenha o costume de inserir outros gastos nesse custo, como a elaboração dos projetos e gastos com construções" Yorki Estefan, diretor de engenharia da construtora e incorporadora Conx


"Devemos ter em mente que os terrenos a serem destinados a esses empreendimentos têm os mais variados formatos, condições topográficas, condições geotécnicas etc. Da mesma forma, as exigências das concessionárias e prefeituras em relação ao arruamento, redes de infraestrutura e suas dimensões também variam de cidade para cidade" Solly Exman Kleingesinds, engenheiro civil da área de planejamento econômico da CBRI (Cyrela Brasil Realty Industrial)


Em uma rua de 200 m não é necessário colocar tubulação pluvial em toda a sua extensão, pois parte da água pode correr na sarjeta. Também não temos informações sobre a área de contribuição pluvial, mas tubulação de 800 mm parece ser muito grande para essa área. A quantidade de boca-de-lobo e pv (poço de visita) está exagerada para esse projeto. Dependendo da declividade da rua, normalmente colocamos boca-de-lobo a cada 80 m ou 100 m de distância. Mesmo usando tubulação nas duas calçadas, me parece que a metragem indicada para rede de água potável, de 1.037 m, é muito alta" Luis Augusto Gregio Perez, diretor técnico e sócio proprietário da Construtora Pacto


"Não foram considerados nesses custos os valores referentes aos licenciamentos ambientais tais como: autorizações de supressão de vegetação, intervenções ou coisa semelhante. Tampouco foram considerados os custos de projetos executivos e aprovações nos órgãos públicos pertinentes" Mauro Fernando Tallavasso Vassovínio, diretor da Serviobras



Quadro 2 - O que foi e não foi considerado

Foi considerado: rede de drenagem (todos os serviços necessários para a captação das águas pluviais); rede de esgoto sanitário para captação de esgotos domésticos; rede de água potável para alimentação dos lotes; rede subterrânea de alimentação de energia elétrica e iluminação pública; rede subterrânea de telefone; pavimentação de ruas e calçadas e paisagismo.

Não foi considerado: movimentação de terra, serviços topográficos, administração local, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), taxas de licenciamentos ambientais, taxas de aprovações municipais e/ou estaduais, projetos.

Os preços apresentados são de custo. Ou seja, não incluem BDI (Benefícios e Despesas Indiretas).

Sobre os preços de mão de obra estão inclusos os encargos sociais de 129,34% para SP e RJ, e 127,95% para as demais regiões.

MAT = materiais; MO = mão de obra; TOT = total

Clique e veja: >>> CUSTOS - INFRAESTRUTURA DE LOTEAMENTOS

Fonte: Construçãomercado