segunda-feira, 15 de junho de 2009

Impermeabilização - Parte IV

Coberturas transitáveis por veículos

Estes são os casos onde existem estacionamentos sobre a laje e embaixo é também área útil do edifício.
Este caso não difere muito do caso das soluções adotadas para áreas transitáveis por pedestres, exceto que o piso sobre a manta deve ter resistência adequada. Uma das formas é de se aplicar uma camada de 4cm de argamassa armada com tela soldada com malha de 15x15cm (tela Telcon L47).

Calhas

As calhas aqui tratadas são aquelas moldadas sobre a laje de cobertura, em concreto armado. Estas calhas devem ser impermeabilizadas com o sistema de mantas. A manta deverá subir pela parede da calha até a sua borda externa. As paredes da calha devem ter a sua superfície superior na mesma inclinação do telhado. Recomenda-se que a telha entre pelo menos 10cm dentro da calha, formando um pequeno beiral a fim de evitar entrada de água causada por chuvas de vento.
Para efeito de manutenção da calha, recomenda-se uma largura livre de no mínimo 30cm.
Deve-se prever na camada de regularização da superfície do fundo da calha, um caimento mínimo de 1% para ralos e sua espessura mínima de 3 cm. Invariavelmente, uma calha deverá receber um tratamento de isolação térmica.

Isolação térmica

Com exceção ao uso da isolação térmica feita com materiais soltos como seixo rolado de cor clara, podemos dizer que existem duas outras opções. Estas duas opções são de uma camada de material isolante embutido no piso. Pode-se aplicar esta camada sobre a manta ou sob a manta. No caso da camada isolante ser aplicada sobre a manta, temos a vantagem de a manta também ser protegida termicamente, trazendo maior longevidade para o sistema. O material recomendado para isso é o poliestireno extrudado (Styrofoan), que tem a propriedade de não absorção de água. Nesta opção deve-se considerar o alto custo desse material.
No caso da camada isolante ser aplicada sob a manta já não temos a isolação térmica na própria manta, reduzindo teoricamente a longevidade do sistema. No entanto, podemos usar um material mais barato, que é o poliestireno expandido (isopor, Isofoan). Este material absorve água pelas bordas recortadas e encharcado perde sua propriedade isolante, por isso é importante que só seja usado sob a manta.

Rufos

Os rufos aqui tratados são os rufos em concreto que dão acabamento à parte alta do telhado, onde se encontra com paredes ou platibandas, tanto no sentido horizontal quanto lateral.
Estes rufos são superfícies de concreto armado de largura pequena, aproximadamente 30cm. Nestes casos, a camada impermeabilizante não se faz necessária com mantas, sendo suficiente uma impermeabilização com membranas.
No momento da concretagem o carpinteiro deve ser instruído a deixar na forma um baguete de 2,5x2,5cm, no sentido longitudinal do rufo, próximo da borda 3cm. Isso fará com que a peça de concreto fique com um sulco na face inferior, que servirá como pingadeira, evitando o refluxo da água.
A superfície superior e lateral do rufo deve receber uma camada de regularização (cimento e areia no traço 1:3) com espessura mínima de 3cm. Todos os cantos devem ser arredondados e a membrana deve revestir toda a face lateral e superior do rufo, assim como a parede de onde emerge o rufo e sua face superior. A face superior da parede deve ter uma inclinação de 5% para o lado interno a fim de evitar manchas precoces na fachada.
A camada impermeabilizante é feita por uma demão de primer, 3 demãos de emulsão asfáltica entremeadas com lã de vidro e protegida com pintura refletiva (alumínio).

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