A maioria dos síndicos já começa a ter dores de cabeça só de imaginar que o seu condomínio poderá sofrer com o mal das infiltrações. Também pudera, nesses meses onde são freqüentes as chamadas “chuvas de verão”, qualquer prejuízo que o edifício venha sofrer caso não tenha tomado as devidas medidas preventivas, não será mesmo mera coincidência. Afinal, água não irá faltar! Vazamentos, goteiras, toda a sorte de incômodos que se possa imaginar estarão colocando a paciência de todos à prova. Pensando nisso, aqui vão algumas dicas de como evitar futuros transtornos para os moradores, como quebradeiras, gastos exorbitantes etc. garantindo o perfeito estado das estruturas do seu edifício.
Cuidados básicos garantem a saúde do seu condomínio
Essencialmente, a água poderá ocasionar a infiltração através de três caminhos distintos: por meio de trincas e rachaduras, pelos poros do material e ainda por falhas que este material possua como, por exemplo, brocas, ninhos no concreto e fendas junto às armaduras. Os principais vilões dessas infiltrações são os vícios construtivos, ou seja, defeitos originados no próprio processo construtivo (erro de projeto ou de execução) ou adquiridos ao longo do tempo (desgastes naturais, utilização, manutenção ineficiente, agressões).
Mas se os cuidados necessários para a prevenção não foram seguidos corretamente, não adiantará chorar sobre o leite – ou melhor, a água – derramada. Afinal, só haverá uma alternativa: resolver o problema! Neste caso, o síndico se vê no meio de uma enxurrada de informações e é o responsável em decidir qual será a alternativa ao mesmo tempo mais eficiente e não muito dispendiosa para todos. Há mais de 10 anos, os Estados Unidos e alguns países da Europa fazem uso de um sistema impermeabilizante chamado de Grauteamento Químico (injeção de resinas) – mais conhecido como injeção de poliuretano hidroativado – destinado a resolver problemas de infiltração em reservatórios e estruturas de um modo geral, que impermeabiliza profundamente o interior da própria estrutura.
O Poliuretano Flexível nada mais é que uma resina líquida hidrófoba, ou seja, imune à penetração de líquidos e projetada para acabar com todos os tipos de vazamentos ou infiltrações de maneira profunda. Ele contém um aditivo chamado WD, capaz de quebrar a tensão superficial da água e fazer com que ela seja facilmente desalojada de onde quer que esteja surgindo. Desta forma, é realizada uma rápida colmatação das trincas, fissuras e cavidades no interior do concreto.
Ao entrar em contato com a água/umidade, esta resina promove uma reação expansiva quase instantânea, através da formação de uma densa barreira sólida de espuma com células fechadas – preenchendo e impermeabilizando trincas, fissuras e poros por onde a água tiver acesso. Ideal para ações contra vazamentos/umidade de água em lajes de playgrounds, garagens, túneis, caixas de passagens, poços de elevadores, reservatórios, eletrodutos, cabos de força e telefones. Adesivo e penetrante, o poliuretano desenvolve um profundo trabalho de ancoragem em ambos os lados da fissura injetada. Como conseqüência, promove uma tenaz aderência em praticamente todos os substratos, estejam secos, molhados ou úmidos.
Com as infiltrações, os prejuízos são progressivos
A aplicação é feita através de injeção, em quaisquer trincas, fissuras, ninhos de concretagem, juntas frias, juntas de dilatação e demais formas de surgimento de água. Por se tratar de um produto hidrófobo (repelente), como já foi dito antes, e não hidrófilo (absorvente), o poliuretano não necessita de água para promover a sua expansão. Caso contrário, o seu volume expansivo seria dependente da quantidade de água existente nas estruturas. Logo: pouca água, pouca expansão. Um outro fator bastante preocupante nos produtos hidrófilos, é que o seu volume acabaria sofrendo uma certa retração com o tempo, pelo seguinte: poliuretanos hidroexpansivos hidrófilos, ao contrário dos hidrófobos, têm seu processo de expansão condicionado ao volume d’água existente no interior do concreto. Isso significa que, se houver pouca água, o volume da espuma será pequeno. Muita água possibilitará o desenvolvimento de um volume de espuma padrão, algo em torno de 30 vezes o volume de poliuretano injetado. Traduzindo: a esponja formada pelo poliuretano hidroexpansivo hidrófilo é constituída à base de moléculas d’água e, portanto, sofre os efeitos adversos dos ciclos de secagem/molhagem que toda estrutura hidráulica se submete. Por isso, na medida em que o nível d’água cai ou a superfície do concreto aquece, a água pendurada na cadeia da esponja volatiza ou evapora, fazendo com que sofra retração e torne aquela região permeável novamente ao fluxo d’água.
Outra constante preocupação que envolve a questão da impermeabilização seria a inevitável quebradeira sobre a qual o condomínio estaria sujeito no intuito de resolver as infiltrações. Bem, não necessariamente. Justamente, pelo fato de sua aplicação ser feita por injeção, não há a necessidade de que a parte superior sobre a laje de concreto a ser tratada (pisos nobres, cerâmicas, pedras portuguesas etc.) seja quebrada para que seja aplicada uma manta asfáltica ou algo parecido. Nem mesmo é necessário a retirada de plantas, terra das jardineiras, água das piscinas e reservatórios.
Não há dúvidas de que as infiltrações são capazes de grandes estragos dentro dos condomínios. Um deles é quando elas acontecem na laje da garagem, quando está localizada especialmente logo abaixo de playgrounds. Os resultados mais comuns são: manchas localizadas em forma de elipses (neste caso, geralmente o vazamento está no centro da figura, e é causado por falha de concretagem), manchas lineares (indicam fissura na impermeabilização) e estalactites de carbonato brancas (indicam exatamente o ponto de passagem da água). Esta última ocorre devido à dissolução da cal liberada na hidratação dos silicatos de cálcio do cimento. Esta cal dissolvida, ao chegar na superfície do concreto, é carbonatada pelo CO2 da atmosfera, tendo como conseqüência o aparecimento de tais estalactites.
Este silencioso efeito patológico pode levar os síndicos ao tribunal, pois as estalactites de carbonato são capazes de queimar a pintura dos carros lá estacionados. O síndico, por sua vez, poderá ser obrigado a diminuir o número de vagas em virtude das goteiras corrosivas, e daí em diante serão sempre mais prejuízos... Não devemos esquecer ainda que, além de todos os transtornos trazidos pelas infiltrações, um dos mais sérios é o ataque às armaduras de lajes, vigas e pilares de concreto. O resultado? O comprometimento da estrutura da edificação. Mas este será o nosso próximo assunto, por isso não toque na sua estrutura antes do próximo artigo.
Por Leonardo Zapla
Leonardo Zapla é especialista em Patologias da Construção, Consultor técnico de algumas empresas e diretor da Zapla Serviços Especiais para Engenharia.
(21) 2548 –0523
Visite: http://www.zapla.com.br
http://www.produtoszapla.com.br
Essencialmente, a água poderá ocasionar a infiltração através de três caminhos distintos: por meio de trincas e rachaduras, pelos poros do material e ainda por falhas que este material possua como, por exemplo, brocas, ninhos no concreto e fendas junto às armaduras. Os principais vilões dessas infiltrações são os vícios construtivos, ou seja, defeitos originados no próprio processo construtivo (erro de projeto ou de execução) ou adquiridos ao longo do tempo (desgastes naturais, utilização, manutenção ineficiente, agressões).
Mas se os cuidados necessários para a prevenção não foram seguidos corretamente, não adiantará chorar sobre o leite – ou melhor, a água – derramada. Afinal, só haverá uma alternativa: resolver o problema! Neste caso, o síndico se vê no meio de uma enxurrada de informações e é o responsável em decidir qual será a alternativa ao mesmo tempo mais eficiente e não muito dispendiosa para todos. Há mais de 10 anos, os Estados Unidos e alguns países da Europa fazem uso de um sistema impermeabilizante chamado de Grauteamento Químico (injeção de resinas) – mais conhecido como injeção de poliuretano hidroativado – destinado a resolver problemas de infiltração em reservatórios e estruturas de um modo geral, que impermeabiliza profundamente o interior da própria estrutura.
O Poliuretano Flexível nada mais é que uma resina líquida hidrófoba, ou seja, imune à penetração de líquidos e projetada para acabar com todos os tipos de vazamentos ou infiltrações de maneira profunda. Ele contém um aditivo chamado WD, capaz de quebrar a tensão superficial da água e fazer com que ela seja facilmente desalojada de onde quer que esteja surgindo. Desta forma, é realizada uma rápida colmatação das trincas, fissuras e cavidades no interior do concreto.
Ao entrar em contato com a água/umidade, esta resina promove uma reação expansiva quase instantânea, através da formação de uma densa barreira sólida de espuma com células fechadas – preenchendo e impermeabilizando trincas, fissuras e poros por onde a água tiver acesso. Ideal para ações contra vazamentos/umidade de água em lajes de playgrounds, garagens, túneis, caixas de passagens, poços de elevadores, reservatórios, eletrodutos, cabos de força e telefones. Adesivo e penetrante, o poliuretano desenvolve um profundo trabalho de ancoragem em ambos os lados da fissura injetada. Como conseqüência, promove uma tenaz aderência em praticamente todos os substratos, estejam secos, molhados ou úmidos.
Com as infiltrações, os prejuízos são progressivos
A aplicação é feita através de injeção, em quaisquer trincas, fissuras, ninhos de concretagem, juntas frias, juntas de dilatação e demais formas de surgimento de água. Por se tratar de um produto hidrófobo (repelente), como já foi dito antes, e não hidrófilo (absorvente), o poliuretano não necessita de água para promover a sua expansão. Caso contrário, o seu volume expansivo seria dependente da quantidade de água existente nas estruturas. Logo: pouca água, pouca expansão. Um outro fator bastante preocupante nos produtos hidrófilos, é que o seu volume acabaria sofrendo uma certa retração com o tempo, pelo seguinte: poliuretanos hidroexpansivos hidrófilos, ao contrário dos hidrófobos, têm seu processo de expansão condicionado ao volume d’água existente no interior do concreto. Isso significa que, se houver pouca água, o volume da espuma será pequeno. Muita água possibilitará o desenvolvimento de um volume de espuma padrão, algo em torno de 30 vezes o volume de poliuretano injetado. Traduzindo: a esponja formada pelo poliuretano hidroexpansivo hidrófilo é constituída à base de moléculas d’água e, portanto, sofre os efeitos adversos dos ciclos de secagem/molhagem que toda estrutura hidráulica se submete. Por isso, na medida em que o nível d’água cai ou a superfície do concreto aquece, a água pendurada na cadeia da esponja volatiza ou evapora, fazendo com que sofra retração e torne aquela região permeável novamente ao fluxo d’água.
Outra constante preocupação que envolve a questão da impermeabilização seria a inevitável quebradeira sobre a qual o condomínio estaria sujeito no intuito de resolver as infiltrações. Bem, não necessariamente. Justamente, pelo fato de sua aplicação ser feita por injeção, não há a necessidade de que a parte superior sobre a laje de concreto a ser tratada (pisos nobres, cerâmicas, pedras portuguesas etc.) seja quebrada para que seja aplicada uma manta asfáltica ou algo parecido. Nem mesmo é necessário a retirada de plantas, terra das jardineiras, água das piscinas e reservatórios.
Não há dúvidas de que as infiltrações são capazes de grandes estragos dentro dos condomínios. Um deles é quando elas acontecem na laje da garagem, quando está localizada especialmente logo abaixo de playgrounds. Os resultados mais comuns são: manchas localizadas em forma de elipses (neste caso, geralmente o vazamento está no centro da figura, e é causado por falha de concretagem), manchas lineares (indicam fissura na impermeabilização) e estalactites de carbonato brancas (indicam exatamente o ponto de passagem da água). Esta última ocorre devido à dissolução da cal liberada na hidratação dos silicatos de cálcio do cimento. Esta cal dissolvida, ao chegar na superfície do concreto, é carbonatada pelo CO2 da atmosfera, tendo como conseqüência o aparecimento de tais estalactites.
Este silencioso efeito patológico pode levar os síndicos ao tribunal, pois as estalactites de carbonato são capazes de queimar a pintura dos carros lá estacionados. O síndico, por sua vez, poderá ser obrigado a diminuir o número de vagas em virtude das goteiras corrosivas, e daí em diante serão sempre mais prejuízos... Não devemos esquecer ainda que, além de todos os transtornos trazidos pelas infiltrações, um dos mais sérios é o ataque às armaduras de lajes, vigas e pilares de concreto. O resultado? O comprometimento da estrutura da edificação. Mas este será o nosso próximo assunto, por isso não toque na sua estrutura antes do próximo artigo.
Por Leonardo Zapla
Leonardo Zapla é especialista em Patologias da Construção, Consultor técnico de algumas empresas e diretor da Zapla Serviços Especiais para Engenharia.
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